São Paulo, Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2000


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E Kuerten quer Melbourne

ALEXANDRE GIMENEZ
enviado especial a Melbourne

Na madrugada de amanhã, Gustavo Kuerten estréia no Aberto da Austrália, o primeiro evento do Grand Slam de 2000.
Quinto do mundo no antigo ranking da ATP, o brasileiro terá como primeiro rival o espanhol Albert Portas, que terminou 1999 como nº 88. O horário do duelo nas quadras de piso sintético do Flynders Park, em Melbourne, seria divulgado hoje.
Mais do que pulverizar o estigma que o acompanha desde sua primeira apresentação no torneio, em 1997 -ganhar na estréia e perder na partida seguinte-, o que empurra Kuerten é a possibilidade de despontar na corrida que, ao final do ano, vai determinar o número um do planeta.
A ATP (Associação dos Tenistas Profissionais) alterou seus critérios de elaboração de ranking, estabelecendo um sistema semelhante ao da F-1. Quem vencer o Aberto da Austrália somará 200 pontos, assumindo o primeiro posto na chamada ""corrida".
Não serão poucos os obstáculos. Na chave masculina, nenhuma estrela está ausente. O norte-americano Andre Agassi, líder de 1999, estrearia hoje, contra o argentino Mariano Puerta. Yevgeny Kafelnikov, que defende o título, e Pete Sampras, que tenta seu 13º título de Grand Slam -recorde absoluto- estão no páreo.
Dono de cinco títulos no circuito -incluindo Roland Garros-, Kuerten foi eliminado na estréia do Torneio de Sydney, preparatório para o Aberto da Austrália.
No confronto direto, 1 a 0 para o espanhol Portas (2 sets a 0, em Barcelona-1997). Mesmo assim, Kuerten não esconde que o jogo será praticamente um "treino".
"Não estou dizendo que já ganhei, mas atuar contra uma pessoa como o Portas será importante. Ele não é do tipo que dá ace atrás de ace, me dará a oportunidade de trocar bolas para encontrar ritmo de jogo", diz Kuerten.
Em toda a carreira, Portas nunca ganhou um título num torneio da ATP. Até agora, a melhor colocação de Portas foi a 31ª, em 1997. Já o brasileiro chegou a ocupar o terceiro posto no ano passado.
Kuerten afirma que é difícil encontrar a concentração ideal logo nas primeiras rodadas de um torneio Grand Slam. "Sinto-me mais satisfeito somente depois da terceira ou quarta rodada."
Diferentemente da esmagadora maioria das outras competições do circuito, o tenista precisa jogar sete partidas para conquistar o título no Grand Slam, já que a chave do torneio tem 128 atletas. Em um torneio normal -com chave de 32 jogadores-, são necessárias cinco vitórias para o título.


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