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E Kuerten quer Melbourne
ALEXANDRE GIMENEZ
enviado especial a Melbourne
Na madrugada de amanhã,
Gustavo Kuerten estréia no Aberto da Austrália, o primeiro evento
do Grand Slam de 2000.
Quinto do mundo no antigo
ranking da ATP, o brasileiro terá
como primeiro rival o espanhol
Albert Portas, que terminou 1999
como nº 88. O horário do duelo
nas quadras de piso sintético do
Flynders Park, em Melbourne, seria divulgado hoje.
Mais do que pulverizar o estigma que o acompanha desde sua
primeira apresentação no torneio, em 1997 -ganhar na estréia
e perder na partida seguinte-, o
que empurra Kuerten é a possibilidade de despontar na corrida
que, ao final do ano, vai determinar o número um do planeta.
A ATP (Associação dos Tenistas
Profissionais) alterou seus critérios de elaboração de ranking, estabelecendo um sistema semelhante ao da F-1. Quem vencer o
Aberto da Austrália somará 200
pontos, assumindo o primeiro
posto na chamada ""corrida".
Não serão poucos os obstáculos. Na chave masculina, nenhuma estrela está ausente. O norte-americano Andre Agassi, líder de
1999, estrearia hoje, contra o argentino Mariano Puerta. Yevgeny
Kafelnikov, que defende o título, e
Pete Sampras, que tenta seu 13º título de Grand Slam -recorde absoluto- estão no páreo.
Dono de cinco títulos no circuito -incluindo Roland Garros-,
Kuerten foi eliminado na estréia
do Torneio de Sydney, preparatório para o Aberto da Austrália.
No confronto direto, 1 a 0 para o
espanhol Portas (2 sets a 0, em
Barcelona-1997). Mesmo assim,
Kuerten não esconde que o jogo
será praticamente um "treino".
"Não estou dizendo que já ganhei, mas atuar contra uma pessoa como o Portas será importante. Ele não é do tipo que dá ace
atrás de ace, me dará a oportunidade de trocar bolas para encontrar ritmo de jogo", diz Kuerten.
Em toda a carreira, Portas nunca ganhou um título num torneio
da ATP. Até agora, a melhor colocação de Portas foi a 31ª, em 1997.
Já o brasileiro chegou a ocupar o
terceiro posto no ano passado.
Kuerten afirma que é difícil encontrar a concentração ideal logo
nas primeiras rodadas de um torneio Grand Slam. "Sinto-me mais
satisfeito somente depois da terceira ou quarta rodada."
Diferentemente da esmagadora
maioria das outras competições
do circuito, o tenista precisa jogar
sete partidas para conquistar o título no Grand Slam, já que a chave do torneio tem 128 atletas. Em
um torneio normal -com chave
de 32 jogadores-, são necessárias cinco vitórias para o título.
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