São Paulo, Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2000


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Maradona prefere se tratar em Cuba

das agências internacionais

O ex-jogador argentino Diego Maradona, 39, afirmou, por intermédio de seu médico particular, que prefere fazer um tratamento contra a dependência das drogas em Cuba a fazê-lo no Canadá ou nos EUA, países cogitados inicialmente por sua equipe médica.
"Ele gostaria um pouquinho mais de encarar uma reabilitação em Cuba", declarou ontem Alfredo Cahe, médico de Maradona.
Sobre o esquema de assistência que teria em Havana, Cahe disse que "até agora reúne todos os elementos positivos".
Maradona tem uma relação de amizade com o presidente de Cuba, Fidel Castro, e, em suas declarações, demonstra admiração pelo socialismo e, em particular, pelo modelo de governo cubano.
Maradona foi internado no último dia 4, em uma clínica em Punta del Este, no Uruguai, apresentando um quadro grave de hipertensão e arritmia cardíaca, segundo laudo médico.
Os exames de urina e sangue feitos no ex-jogador acusaram o consumo de cocaína, causa provável de sua internação.
O cardiologista que acompanha o ex-atleta, Carlos Alvarez, disse, na semana passada, que o coração de Maradona só está funcionando com 38% da sua capacidade normal. "Se ele continuar consumindo drogas, morrerá. Não tenho nenhuma dúvida, e a curto prazo", advertiu Alvarez.
Independentemente do local escolhido para o tratamento, Maradona será acompanhado por sua mulher, suas filhas e seu empresário, Guillermo Cóppola.
O empresário Carlos Ferro Viera, próximo a Maradona e foragido da Justiça uruguaia, afirmou anteontem que ele e Guillermo Cóppola, procurador do ex-jogador, urinavam no lugar do astro argentino em exames antidoping.
"Eu e Cóppola urinávamos nos frascos no lugar de Diego para salvá-lo. Falávamos com os médicos, lhes dávamos dinheiro para proteger Diego", garantiu Ferro Viera, que encontra-se foragido da Justiça uruguaia, que investiga o envolvimento dele no fornecimento de cocaína a Maradona no dia em que ele teve uma overdose naquele país.


Texto Anterior: Delegação fica alerta para ameaça de febre amarela
Próximo Texto: Juventus volta ao topo no Italiano
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.