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São Paulo, sexta-feira, 17 de janeiro de 2003

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Jogadores do penta, prestigiados pelo novo técnico do Brasil, vivem problemas em seus clubes

Parreira aposta em base enferrujada para o hexa

PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL

A base do pentacampeonato, que Carlos Alberto Parreira pretende usar para a conquista do hexa em 2006, está enferrujada.
Lesões, casos de indisciplina e declínio técnico atingem praticamente todos os jogadores titulares do time campeão na Ásia.
Na defesa, o goleiro Marcos e os zagueiros Lúcio e Roque Júnior sofrem com seguidas contusões.
O primeiro desfalcou seu time na reta final do último Nacional e começou o ano novamente machucado. O segundo não vai defender o Bayer Leverkusen por dois meses depois de uma operação no pé. Pior acontece com Roque Júnior, que ainda não atuou na temporada européia por problemas no seu ombro esquerdo.
No ataque, o trio que fez história na Coréia do Sul e no Japão pelo instinto goleador não encontra a mesma facilidade para achar agora o caminho do gol.
Por seus clubes, Ronaldinho, Ronaldo e Rivaldo, somados, balançaram as redes apenas 16 vezes depois do Mundial. Para atingirem essa marca, cada um entrou em campo em 15 oportunidades pelo campeonato nacional que cada um disputa e torneios internacionais envolvendo equipes.
Na Copa-2002, em apenas sete jogos e com Ronaldinho desfalcando o trio em duas oportunidades, eles marcaram 15 gols.
A preparação dos três para a atual temporada foi prejudicada por problemas fora de campo.
Ronaldo se desentendeu com o técnico da Inter de Milão, forçou a transferência para o Real Madrid e demorou a entrar em campo.
Rivaldo viveu situação semelhante. Inimigo do holandês Louis van Gaal, o atacante brasileiro deixou o Barcelona, da Espanha, após o Mundial e acertou com o time de Milão.
Com problemas musculares, ele desfalcou o Milan em quase metade do que já vai de temporada e marcou apenas três gols no Italiano e na Copa dos Campeões.
Mesmo quem não sofreu com lesões ou problemas longe dos gramados não repete o desempenho de outros tempos.
Aos 32 anos, o lateral-direito Cafu, da Roma, não conseguiu uma assistência decisiva sequer no Italiano. Ao contrário da temporada passada, quando esteve entre os três mais eficientes nos cruzamentos tanto na Copa dos Campeões quanto no Campeonato Italiano, ele agora não aparece nem entre os cinco melhores no fundamento nos dois certames.
Depois da glória do penta, alguns jogadores passam por situações constrangedoras em seus clubes. Marcos, por exemplo, foi rebaixado com o Palmeiras para a segunda divisão do Brasileiro.
Entre os reservas da campanha na Ásia, a situação não é muito diferente. Juninho, com problemas no joelho, até hoje não fez uma partida oficial depois do Mundial.
Entre os pentacampeões titulares, quem mais se manteve em alta após o Mundial foi o volante Gilberto Silva. No Arsenal, para onde se transferiu logo depois da Copa-2002, virou titular em uma equipe recheada de estrelas e passou a finalizar mais.


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