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Jogadores do penta, prestigiados pelo novo técnico do Brasil, vivem problemas em seus clubes
Parreira aposta em base enferrujada para o hexa
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
A base do pentacampeonato,
que Carlos Alberto Parreira pretende usar para a conquista do hexa em 2006, está enferrujada.
Lesões, casos de indisciplina e
declínio técnico atingem praticamente todos os jogadores titulares do time campeão na Ásia.
Na defesa, o goleiro Marcos e os
zagueiros Lúcio e Roque Júnior
sofrem com seguidas contusões.
O primeiro desfalcou seu time
na reta final do último Nacional e
começou o ano novamente machucado. O segundo não vai defender o Bayer Leverkusen por
dois meses depois de uma operação no pé. Pior acontece com Roque Júnior, que ainda não atuou
na temporada européia por problemas no seu ombro esquerdo.
No ataque, o trio que fez história
na Coréia do Sul e no Japão pelo
instinto goleador não encontra a
mesma facilidade para achar agora o caminho do gol.
Por seus clubes, Ronaldinho,
Ronaldo e Rivaldo, somados, balançaram as redes apenas 16 vezes
depois do Mundial. Para atingirem essa marca, cada um entrou
em campo em 15 oportunidades
pelo campeonato nacional que
cada um disputa e torneios internacionais envolvendo equipes.
Na Copa-2002, em apenas sete
jogos e com Ronaldinho desfalcando o trio em duas oportunidades, eles marcaram 15 gols.
A preparação dos três para a
atual temporada foi prejudicada
por problemas fora de campo.
Ronaldo se desentendeu com o
técnico da Inter de Milão, forçou a
transferência para o Real Madrid
e demorou a entrar em campo.
Rivaldo viveu situação semelhante. Inimigo do holandês
Louis van Gaal, o atacante brasileiro deixou o Barcelona, da Espanha, após o Mundial e acertou
com o time de Milão.
Com problemas musculares, ele
desfalcou o Milan em quase metade do que já vai de temporada e
marcou apenas três gols no Italiano e na Copa dos Campeões.
Mesmo quem não sofreu com
lesões ou problemas longe dos
gramados não repete o desempenho de outros tempos.
Aos 32 anos, o lateral-direito
Cafu, da Roma, não conseguiu
uma assistência decisiva sequer
no Italiano. Ao contrário da temporada passada, quando esteve
entre os três mais eficientes nos
cruzamentos tanto na Copa dos
Campeões quanto no Campeonato Italiano, ele agora não aparece
nem entre os cinco melhores no
fundamento nos dois certames.
Depois da glória do penta, alguns jogadores passam por situações constrangedoras em seus
clubes. Marcos, por exemplo, foi
rebaixado com o Palmeiras para a
segunda divisão do Brasileiro.
Entre os reservas da campanha
na Ásia, a situação não é muito diferente. Juninho, com problemas
no joelho, até hoje não fez uma
partida oficial depois do Mundial.
Entre os pentacampeões titulares, quem mais se manteve em alta após o Mundial foi o volante
Gilberto Silva. No Arsenal, para
onde se transferiu logo depois da
Copa-2002, virou titular em uma
equipe recheada de estrelas e passou a finalizar mais.
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