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BASQUETE
Maior desafio do ano será repatriar selecionáveis
CBB confirma Barbosa e traz Laís para a comissão técnica do Brasil
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
A CBB (Confederação Brasileira
de Basquete) apresentou ontem,
em São Paulo, a comissão técnica
que irá trabalhar na seleção feminina em 2003. Conforme a Folha
antecipou no dia 9, o técnico Antonio Carlos Barbosa foi mantido
no comando da equipe, tendo
Paulo Bassul como assistente.
A maior novidade foi a entrada
da técnica Laís Elena, do Santo
André, na outra vaga aberta de assistente. "Vim para colaborar
com eles. Já enfrentei bastante os
times do Barbosa e conheço sua
filosofia de trabalho", conta Laís.
O grande desafio do ano continuará sendo reunir as atletas com
antecedência para treinar na seleção. O pouco tempo de preparação foi apontado pelos treinadores como a maior razão para a má
campanha no Mundial da China,
quando o Brasil ficou em sétimo.
"O resultado abaixo do esperado mostrou que não podemos
mais reunir as atletas às vésperas
de um torneio tão difícil como foi
o Mundial de 2002", diz Barbosa.
O problema se agrava neste ano,
já que a seleção brasileira irá disputar o Pré-Olímpico, ainda sem
local definido, e terá que ser campeã do torneio para garantir vaga
nos Jogos de Atenas-2004.
Além do Pré-Olímpico, o Brasil
também disputará o Sul-Americano e o Pan-Americano.
Para solucionar o problema
com as atletas, Gerasime Bozikis,
o Grego, presidente da CBB, pretende usar recursos da Lei Piva
para, com a ajuda dos clubes, segurar as principais estrelas no
Brasil. "Com o dólar alto, não poderemos pagar tão bem quanto
elas receberiam no exterior. Mas
vamos oferecer a possibilidade de
segurar as jogadoras que quiserem ficar no país", conta ele.
A iniciativa esbarra na intenção
de muitas atletas, como a principal jogadora do país, Janeth, que
querem atuar no exterior.
"Tenho contrato com o Guaru
até o fim de janeiro. Depois, minha intenção é jogar na WNBA",
afirma a ala, que quer renovar seu
compromisso com o Houston
Comets por outra temporada.
Das 12 jogadoras que atuaram
no Mundial-2002, apenas cinco
jogaram neste Nacional -Helen,
Janeth, Micaela, Erika e Silvinha.
No ano passado, oito atletas da
seleção jogaram na WNBA. "Não
temos muitas atletas. Por isso, espero não enfrentar o mesmo problema em 2003", afirma Barbosa.
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