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São Paulo, sexta-feira, 17 de janeiro de 2003

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BASQUETE

Maior desafio do ano será repatriar selecionáveis

CBB confirma Barbosa e traz Laís para a comissão técnica do Brasil

ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

A CBB (Confederação Brasileira de Basquete) apresentou ontem, em São Paulo, a comissão técnica que irá trabalhar na seleção feminina em 2003. Conforme a Folha antecipou no dia 9, o técnico Antonio Carlos Barbosa foi mantido no comando da equipe, tendo Paulo Bassul como assistente.
A maior novidade foi a entrada da técnica Laís Elena, do Santo André, na outra vaga aberta de assistente. "Vim para colaborar com eles. Já enfrentei bastante os times do Barbosa e conheço sua filosofia de trabalho", conta Laís.
O grande desafio do ano continuará sendo reunir as atletas com antecedência para treinar na seleção. O pouco tempo de preparação foi apontado pelos treinadores como a maior razão para a má campanha no Mundial da China, quando o Brasil ficou em sétimo.
"O resultado abaixo do esperado mostrou que não podemos mais reunir as atletas às vésperas de um torneio tão difícil como foi o Mundial de 2002", diz Barbosa.
O problema se agrava neste ano, já que a seleção brasileira irá disputar o Pré-Olímpico, ainda sem local definido, e terá que ser campeã do torneio para garantir vaga nos Jogos de Atenas-2004.
Além do Pré-Olímpico, o Brasil também disputará o Sul-Americano e o Pan-Americano.
Para solucionar o problema com as atletas, Gerasime Bozikis, o Grego, presidente da CBB, pretende usar recursos da Lei Piva para, com a ajuda dos clubes, segurar as principais estrelas no Brasil. "Com o dólar alto, não poderemos pagar tão bem quanto elas receberiam no exterior. Mas vamos oferecer a possibilidade de segurar as jogadoras que quiserem ficar no país", conta ele.
A iniciativa esbarra na intenção de muitas atletas, como a principal jogadora do país, Janeth, que querem atuar no exterior.
"Tenho contrato com o Guaru até o fim de janeiro. Depois, minha intenção é jogar na WNBA", afirma a ala, que quer renovar seu compromisso com o Houston Comets por outra temporada.
Das 12 jogadoras que atuaram no Mundial-2002, apenas cinco jogaram neste Nacional -Helen, Janeth, Micaela, Erika e Silvinha.
No ano passado, oito atletas da seleção jogaram na WNBA. "Não temos muitas atletas. Por isso, espero não enfrentar o mesmo problema em 2003", afirma Barbosa.


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