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Para receber elite, judô banca vinda de estrangeiros
Confederação usará até R$ 500 mil de verbas públicas para promover 1ª etapa da Copa do Mundo em Belo Horizonte
Presidente e coordenador da entidade divergem sobre quantidade e origem dos atletas que terão convites para competir no Brasil
ADALBERTO LEISTER FILHO
LUÍS FERRARI
DA REPORTAGEM LOCAL
Pela primeira vez, o Brasil receberá uma etapa da Copa do
Mundo de judô. E, para atrair
destaques dos tatames a Belo
Horizonte, local da disputa, em
maio, o país irá desembolsar
até R$ 500 mil de verbas públicas para bancar passagem e
hospedagem dos judocas estrangeiros por duas semanas.
"O pessoal vem para treinar e
competir. Além da Copa do
Mundo, faremos paralelamente um treino de campo de 12
dias", conta Paulo Wanderley
Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Judô.
O evento está marcado para
os dias 4 a 6 de maio, mas os
competidores chegariam ao
Brasil dois dias antes e ficariam
mais uma semana em Minas.
Ele calcula que o evento, bancado pela Prefeitura de Belo
Horizonte e pelo governo de
MG, custará de R$ 400 mil a R$
500 mil. "O valor pode variar
conforme os atletas que virão."
Os convites serão feitos a países que contam com ao menos
um atleta entre os primeiros do
ranking da Federação Internacional de Judô, como França,
Inglaterra, Alemanha, Bélgica,
Japão, Cuba e Argentina.
"Vamos trazer os três melhores ranqueados da América em
cada peso, o que não deve encarecer muito, já que na maioria
das categorias há pelo menos
um brasileiro. Mas haverá convites a europeus, asiáticos e
africanos", explica Wanderley.
A estratégia brasileira não é
seguida pelas outras etapas da
Copa do Mundo, inclusive as
principais, disputadas em Paris
e Hamburgo, na qual cada delegação banca suas despesas.
"Os custos para mandar os
brasileiros para a Europa são
100% da confederação. Não há
premiação aos atletas. Mas eles
não gastam nada. As federações
locais também não. Tudo é arcado pela CBJ", informa Ney
Wilson, coordenador técnico
internacional da entidade.
Além da despesa mais elevada para promover a etapa da
Copa no Brasil, a confederação
não fala a mesma língua quando questionada sobre convites.
Wilson diz que a CBJ só pagará a conta para os melhores
ranqueados das Américas, que
irão medir força com os brasileiros, em uma prévia do Pan.
"Estou indo para Hamburgo
para convidar o maior número
de países de lá. Mas aí é por
conta de cada um", afirma ele.
A etapa irá testar o equipamento importado pelo COB para a disputa do Pan do Rio. Em
Belo Horizonte, serão usados
os tatames alemães e o placar
suíço que custaram US$ 162
mil (cerca de R$ 340 mil).
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