São Paulo, terça-feira, 17 de fevereiro de 2009 |
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CIDA SANTOS A novidade O Osasco, que vive drama parecido com o da seleção de Pequim, integrou psicóloga em sua comissão técnica
A ÚLTIMA SEMANA foi diferente
para as jogadoras do Osasco: o
time ganhou uma integrante
a mais na comissão técnica. A psicóloga Sâmia Hallage, a mesma que
ajudou a seleção a trazer o ouro
olímpico de Pequim, passou a acompanhar a equipe nos treinos, nos jogos e nas viagens.
A contratação de Sâmia é uma novidade e tanto, já que a maioria dos
times ainda tem resistências com o
trabalho de psicólogos. Alguns até
têm esses profissionais nos clubes,
mas eles não são incorporados à comissão técnica. E essa é a grande novidade no Osasco.
No clube, existe a preocupação de
não associar a contratação da psicóloga a uma dificuldade emocional.
Mas chama a atenção a semelhança
de situações vividas pelo Osasco e
pela seleção em jogos decisivos.
O carrasco da seleção era a Rússia.
O do Osasco, o Rio de Janeiro. O
apagão mais recente foi há dez dias,
na final do terceiro turno. Uma derrota terrível por 3 a 0 com atuações
inexplicáveis. Basta dar uma olhada
nas estatísticas: juntas, Paula Pequeno e Sassá marcaram dois pontos no jogo.
Sâmia não gosta quando o trabalho psicológico é valorizado em demasia na conquista do ouro olímpico nos Jogos de Pequim. "Não acho
que foi a psicologia que salvou a seleção. Foi um trabalho que se agregou
ao da comissão técnica", diz.
Ok, não salvou, mas ajudou, e muito. A seleção tinha um timão e uma
comissão técnica talentosa, mas
também tinha uma questão emocional que foi atendida. Não dá para negar isso. No Osasco, a situação parece se repetir.
Sâmia acompanha a rotina da
equipe e dessa maneira vai conhecendo as jogadoras e percebendo as
demandas de cada uma: quem anda
diferente, quem não está rendendo
em quadra, quem não está com a cara boa, quem ficou chateada com alguma coisa. Todo trabalho é individualizado.
A psicóloga tem uma vantagem
extra: trabalha com as seleções de
base há 12 anos. Já conhece a maioria das atletas do Osasco, como Paula, Sassá, Thaísa, Adenízia e Camila
Brait. E trabalha há muitos anos
com Luizomar de Moura, técnico do
Osasco e da seleção juvenil.
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