São Paulo, quarta-feira, 17 de março de 2004

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FUTEBOL

Exceção feita às ausências de Rivaldo e Emerson, seleção pouco é mexida

Parreira chama "tropa de choque" para eliminatórias

Antonio Scorza/France Presse
O técnico Parreira gesticula durante a convocação da seleção


SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO

O técnico da seleção brasileira, Carlos Alberto Parreira, decidiu ontem convocar a "tropa de choque" para a partida contra o Paraguai, dia 31, em Assunção, pelas eliminatórias da Copa do Mundo.
Sabendo da importância do jogo -uma derrota pode tirar o time da zona de classificação-, Parreira chamou dois pentacampeões machucados: o atacante Ronaldo, do Real Madrid, que se recupera de estiramento muscular na coxa esquerda, e o lateral Belletti, do Villarreal, com contratura muscular na coxa esquerda.
"Não é hora de novidade. É hora de competir, de valer três pontos. Será um jogo importantíssimo, o primeiro da seleção neste ano pelas eliminatórias. Por isso, temos que ir com a tropa de choque. A turma que tem peso e experiência. Com certeza, eles não vão sentir a pressão", disse o treinador.
Até agora, Parreira chamou 28 atletas para as eliminatórias, dez a menos do que Wanderley Luxemburgo convocou até o quinto jogo das eliminatórias passadas.
Depois dos dois empates em novembro, a seleção está em terceiro lugar -soma oito pontos. O Paraguai é o atual líder, com nove pontos, e joga em casa. Os quatro primeiros se classificam para a Copa. O quinto decide a vaga com um representante da Oceania.
Apesar de ter dito que chamou a "tropa de choque", Parreira deixou de fora das eliminatórias, pela primeira vez, Rivaldo. Com o atleta sem clube desde que deixou o Cruzeiro, o treinador disse que não poderia mantê-lo no grupo.
"O futuro na seleção depende apenas dele. Espero que ele acerte logo com um clube", disse o treinador, que também não chamou Emerson, da Roma -havia sido convocado para todos os jogos.
Emerson foi convocado para o amistoso com a Irlanda, mas os médicos da Roma alegaram que ele estava contundido. Dias antes do amistoso, defendeu a Roma.
"Não existe revanchismo. Não faz parte do nosso vocabulário. Ele é importantíssimo e tem experiência, mas para este jogo optamos por esta relação", disse Parreira, que chamou 14 pentas, um a mais do que nos jogos de novembro. Marcos e Kleberson voltam.
O treinador acha que Ronaldo e Belletti não viajarão para Assunção só para integrar a delegação.
"Conversamos com os médicos dos dois, que disseram que eles têm boas chances de jogar", disse Parreira, ressaltando que se os dois não atuarem por seus clubes estão fora do jogo do dia 31.


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