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MEMÓRIA
Paraolímpicos já usaram verba indevidamente
DA REPORTAGEM LOCAL
O Comitê Olímpico Brasileiro não foi a primeira entidade
que utilizou de forma indevida
os recursos públicos recebidos
do governo para promover o
esporte de alto rendimento.
Em fevereiro, outro relatório
do Tribunal de Contas da
União concluiu que o comitê
paraolímpico havia utilizado
irregularmente R$ 50.572,66
referentes à Lei Piva.
O caso que gerou a infração
ocorreu em 2001. Na época, o
CPB precisou pagar um débito
com o Ministério do Esporte
para não ficar inadimplente.
A entidade realizou um depósito de R$ 93.926,50 para saldar as dívidas. Desse total,
R$ 43.353,84 faziam parte dos
recursos do próprio comitê. O
restante foi retirado da conta
onde só havia verba pública.
O dinheiro da lei, porém, só
pode ser aplicada para o fomento e o desenvolvimento do
esporte. O TCU considerou
que, ao usar os recursos para liquidar um débito com o ministério, o CPB não cumpriu com
suas obrigações -o mesmo
que agora ocorre com o COB.
Vital Severino Neto, presidente do comitê paraolímpico,
também não esperou o relatório final do tribunal e pagou a
dívida com dinheiro de um patrocinador privado.
(GR)
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