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TÊNIS
André Sá, 20, se destaca em piso "tabu' para o país
Brasileiro "promete'
em quadra rápida
FERNANDA PAPA
da Reportagem Local
Com dois títulos nas últimas três
semanas, o tenista mineiro André
Sá, 20, já é o brasileiro que mais
evoluiu no ranking mundial nesta
temporada. E ambas as conquistas
foram em quadras rápidas, histórico ponto fraco dos jogadores
brasileiros.
Sá começou o ano como o 165º
do ranking mundial e é, desde ontem, o 118º, aparecendo como o
terceiro brasileiro mais bem colocado no ranking da Associação
dos Tenistas Profissionais, depois
de Gustavo Kuerten, 21, o 11º, e
Fernando Meligeni, 26, o 66º.
Ele se diferencia da maioria dos
tenistas nacionais por preferir as
quadras de cimento, em que venceu os dois torneios (no Vietnã e
no Equador), não o saibro.
Sua formação como tenista vem
dos EUA, mais especificamente
dos seis anos que passou na academia de Nick Bollettieri, na Flórida,
por onde passaram dois ex-líderes
do ranking, Jim Courier e Andre
Agassi, e o atual, Pete Sampras, todos norte-americanos.
O tenista foi para os EUA com a
ajuda do técnico e ex-jogador Carlos Alberto Kirmayr, 47, que é hoje
seu consultor técnico.
Desde o fim de 97, Sá tem sido
treinado por Ricardo Acioly, também técnico de Meligeni.
Evolução
Sá tem trabalhado muito seu saque e, como bom duplista -fez
recentemente a final do Torneio
de San José (EUA), ao lado de Nelson Aerts, contra a dupla número
um do mundo, os Woodies (Austrália)-, melhora o ataque.
"Ele joga dentro da quadra, atacando sempre, e agora já sobe à
rede com mais segurança, pois
melhorou o saque", diz Kirmayr.
"O André passou da fase dos satélites, está jogando challengers e
alguns torneios maiores. Ele precisa melhorar seu jogo como um todo e deixar de perder as primeiras
rodadas depois de conquistar um
título. Assim pode chegar a conquistas maiores", completa.
Sá já foi confundido com Pete
Sampras e deu autógrafos no lugar
do ídolo. No mês passado, bateu
bola, pela primeira vez em sua vida, com o norte-americano, a pedidos do próprio, em San José
-uma prova de que deixou de ser
um mero desconhecido no circuito profissional.
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