da Reportagem Local

O goleiro Marcos ainda não sabe responder se entrou numa enrascada ou tirou a sorte grande.
Velloso, o titular da posição, sentiu uma contusão na coxa no treino de ontem à tarde, e o reserva teve que ser acionado de última hora.
No último jogo do Palmeiras no Parque Antarctica, por causa de uma falha no empate do Olimpia, Velloso saiu de campo vaiado e sendo chamado de "frangueiro" pela torcida.
Esperava muita pressão para o jogo de hoje, que será automaticamente transferida para Marcos.
"Dizem que no Palmeiras temos que matar um leão por dia. Amanhã (hoje) é dia de eu matar o meu leão", disse Marcos, que, no Torneio Rio-São Paulo, em janeiro, atuando num time com reservas e juniores, levou 13 gols em quatro jogos. (FV)


Folha - O Velloso vinha de um atrito com a torcida do Palmeiras e deveria jogar este clássico sob pressão. Como é substituí-lo num momento assim?
Marcos - Substituir o Velloso é sempre difícil. Me sinto pressionado pelo fato de o Palmeiras precisar da vitória para buscar o primeiro lugar e porque jogar contra o Corinthians é sempre uma pressão muito grande. Mas isso recai sobre todos os jogadores.
Folha - Você acha que entrou numa fria ou teve sorte com a escalação?
Marcos - Sorte não, porque ninguém gosta de entrar por motivo de contusão de um colega. Mas tudo vai depender de minha atuação. Eu tanto posso entrar numa barca furada quanto me consagrar.
Folha - Você está nervoso?
Marcos - Não tenho que me preocupar, pois não devo nada a ninguém. Não terei problema nenhum para dormir à noite.
Folha - O Velloso diz que prefere o Morumbi ao Parque Antarctica, onde a torcida pega mais no pé. Você concorda?
Marcos - Já joguei no Parque Antarctica, e o pessoal pegou um pouco no meu pé, mas isso é coisa de torcedor. Gosto de jogar nos dois.


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