São Paulo, quinta-feira, 17 de maio de 2001

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FUTEBOL

Time derrota o São Caetano na decisão por pênaltis e pega o Cruzeiro de Luiz Felipe Scolari

Palmeiras avança na Libertadores

Fernando Santos/Folha Imagem
Muñoz (dir.), do Palmeiras, comemora o único gol da partida de ontem pela Libertadores


EDUARDO ARRUDA
JOÃO CARLOS BOTELHO
DA REPORTAGEM LOCAL

No último jogo à noite em São Paulo com a proibição decidida pelo governo, o Palmeiras eliminou ontem o São Caetano nas oitavas-de-final da Taça Libertadores de forma dramática, nos pênaltis, e amenizou a situação de seu técnico, Celso Roth. O resultado da disputa foi 5 a 3 para o time da capital, após ganhar por 1 a 0 no tempo normal -na ida, o rival do ABC havia vencido pelo mesmo placar. Serginho foi o único a perder pênalti. O treinador palmeirense tem sido alvo de protestos da organizada Mancha Alviverde, que chegou a encaminhar ao clube um manifesto pela saída dele. Também foi revelado pela Folha que o técnico do Corinthians, Wanderley Luxemburgo, se ofereceu ao Palmeiras. Há ainda Carlos Alberto Parreira, que está em São Paulo e é amigo do diretor do clube Américo Faria. Ontem, Roth atendeu a todos os pedidos dos torcedores e mesmo assim não foi poupado dos xingamentos de burro. Ele escalou Juninho, muito aplaudido ao ser anunciado como titular, no lugar de Tupã, que nem ficou no banco. Para o segundo tempo, colocou Tuta, após coro da torcida. Como prometera seu treinador, Jair Picerni, o São Caetano começou no ataque, mesmo com a vantagem de atuar por um empate. Nos 15 primeiros minutos de jogo, a equipe do ABC criou seis oportunidades de marcar. O Palmeiras também conseguia criar chances, mas com menos perigo do que o São Caetano. A maior dificuldade do time da capital era justamente no que caracteriza o estilo de seu técnico, a marcação. O adversário não enfrentava resistência para atacar. A situação começou a melhorar para o Palmeiras quando Aílton foi expulso por agressão. O meia deu um soco em Magrão, ex-volante do próprio São Caetano, que já havia se desentendido com Sinval. Com um jogador a mais na partida, o Palmeiras conseguiu melhorar a marcação e passou a dominar o adversário. Apesar do domínio que começava a exercer, o time não concluía bem seus ataques. Essas dificuldades cansaram a torcida palmeirense, que até então só apoiava o time. Aos 33min de partida, torcedores já pediam a entrada de Tuta e voltavam a xingar Roth de burro. A ineficiência ofensiva do Palmeiras deu força ao rival, que levava perigo nos contra-ataques. Como no primeiro tempo, foi a equipe do ABC que começou a etapa final no ataque. Nem mesmo a entrada de mais dois atacantes no Palmeiras, Tuta e Muñoz, serviu para impedir o ímpeto inicial do adversário. Também como antes, o time da capital equilibrou as ações e começou a pressionar. As finalizações melhoraram, mas o obstáculo passou a ser Sílvio Luiz. O gol veio em uma jogada individual de Muñoz, que se livrou de dois marcadores e chutou da direita da área para fazer 1 a 0. A equipe pressionou até o final, mas não fez o segundo gol, o que levou a decisão para os pênaltis.

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