JOÃO CARLOS BOTELHO
DA REPORTAGEM LOCAL

O Palmeiras que disputará o Mundial de Clubes, a partir de julho, na Espanha, terá importantes mudanças em relação ao time que tem entrado em campo agora.
Em sua estréia no torneio da Fifa, a equipe paulista estará com um patrocínio em sua camisa, reforçada e talvez até com um novo treinador em seu banco.
Até iniciar sua participação no Mundial, no dia 29 de julho, contra o Olimpia (Honduras), em Madri, o Palmeiras já terá fechado um contrato de patrocínio.
O acordo deverá ser com a multinacional italiana Pirelli.
Para ser fechado o contrato, que já foi aprovado pela direção do clube, falta a matriz da empresa ratificar os termos propostos.
Caso a Pirelli desista do acerto, o Palmeiras tem propostas de patrocínio de outros pretendentes.
""Deve dar para fechar até o Mundial. Se não for a Pirelli, será outra", afirmou Luiz Pagnota, um dos vice-presidentes do clube.
Quando começar a disputar a competição da Fifa, também já terá sido definida a contratação de pelo menos um reforço.
Tema sempre mantido sob sigilo pela direção palmeirense, o reforço do time agora é tratado mais abertamente. ""É questão de ajustar a equipe", disse Pagnota.
Os dirigentes até admitem contratações por três meses, período mínimo permitido pelos últimos artigos da Lei Pelé a entrarem em vigor. Ou seja, praticamente só para a disputa do Mundial.
Quanto a um novo técnico, a Folha revelou que o treinador do Corinthians, Wanderley Luxemburgo, se ofereceu para comandar o Palmeiras na Espanha.
Luxemburgo teve uma passagem marcante pelo arqui-rival corintiano, no qual foi bicampeão brasileiro, em 1993 e 1994.
O atual técnico do Palmeiras, Celso Roth, tem sofrido pressão da principal torcida organizada do time, a Mancha Alviverde, que chegou a protestar no CT do clube e entregou um manifesto que pedia a saída do treinador.
As cobranças começaram após a derrota de 1 a 0 para o São Caetano na última quarta-feira, pela oitavas-de-final da Libertadores.
Ontem à noite, o Palmeiras disputaria no Parque Antarctica a partida de volta contra o rival do ABC, com a necessidade de vencer por dois gols de diferença para chegar às quartas-de-final.
Segundo Pagnota, o atuação de Roth no jogo de ida não agradou. ""Não gostamos das circunstâncias. Ele substituiu errado", disse.
Apesar de não admitir que exista a intenção de demitir o técnico, mesmo que o time acabe eliminado da Libertadores e volte a jogar só em julho, no Brasileiro, o dirigente já encontrou uma solução para a saída de Roth.
""Às vezes, o próprio treinador quer deixar o clube", afirmou. A saída do técnico anterior, Marco Aurélio, aconteceu assim.


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