São Paulo, segunda-feira, 17 de maio de 2004

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Classificações no iatismo e no remo fazem país, que ainda pode ampliar a delegação, ultrapassar os 225 atletas de Atlanta-96 e superar expectativa do COB

Brasil já conta com maior time olímpico da história

ADALBERTO LEISTER FILHO
GUILHERME ROSEGUINI
DA REPORTAGEM LOCAL

Uma delegação recorde defenderá o Brasil na busca do reencontro com o lugar mais alto do pódio olímpico. Ontem, com a definição de vagas no remo e no iatismo, o país terá ao menos 226 atletas em ação nos Jogos de Atenas, a partir de 13 de agosto.
A maior delegação enviada até hoje foi a que participou da Olimpíada de Atlanta-96, com 225 competidores. Em Sydney-00, quando os brasileiros não conquistaram nenhuma medalha de ouro, esse número caiu para 205.
Em sua primeira participação nos Jogos, em 1920, o Brasil enviou 29 atletas. O país não esteve na primeira Olimpíada da era moderna (em Atenas, em 1896) -nem nas quatro seguintes.
O Comitê Olímpico Brasileiro estimava levar um total de 220 competidores para a nova Olimpíada na Grécia. Até a última sexta-feira, 218 haviam obtido vaga. Só que o cenário ganhou um novo desenho no final de semana.
No sábado, o remador Anderson Nocetti garantiu vaga no skiff individual ao chegar à final do Pré-Olímpico de El Salvador. Ontem, mais três atletas carimbaram o passaporte: Fabiana Beltrame (skiff individual) e Thiago Gomes e José Carlos Sobral Jr. (duplo skiff peso leve). O remo pode ainda classificar mais dois barcos no Pré-Olímpico europeu, em junho.
No iatismo, Fernanda Oliveira e Adriana Kostiw alcançaram a classificação na classe 470 ao ficarem em 13º no Mundial de Zadar (Croácia). Com elas, a delegação nacional terá representantes em nove das 11 classes. Serão 14 atletas, dois a mais do que em Sydney.
O crescimento da equipe nacional foi impulsionado por várias modalidades, desde as que tradicionalmente classificam muitos nomes, como a natação e o atletismo, passando por esportes ascendentes, casos de ginástica artística e handebol, e chegando a modalidades com poucas chances de medalha, como pentatlo moderno, remo e tênis de mesa.
Na natação, a equipe brasileira terá 20 atletas, contra 13 que pularam na água em Sydney. No atletismo, que ainda não encerrou seu prazo de classificação, o país já garantiu 22 nomes. Na última edição dos Jogos foram 17.
O pentatlo moderno volta aos Jogos após 40 anos ausente. O tênis de mesa cresceu sua delegação de três para cinco atletas.
Os tenistas Gustavo Kuerten e Flávio Saretta fazem o número chegar a 226. A classificação olímpica será feita com base no ranking de entradas -são 86 vagas para os melhores da lista até o dia 14 de junho, com um teto de quatro competidores por país. Guga ocupa o 26º lugar nessa classificação, e Saretta é o 55º colocado.
Além deles, o Brasil ainda está na contenda para classificar uma dupla feminina no tênis.
Apesar do incremento da delegação, o COB diz que não vai ter problemas logísticos para acomodar todos os atletas na Vila Olímpica. "Preciso chutar alto para não errar. Por isso, quando informei ao Comitê Olímpico Internacional nosso número de atletas, falei em 230. Não vai faltar colchão para ninguém", relata Marcus Vinicius Freire, coordenador técnico do comitê nacional.


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