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Classificações no iatismo e no remo fazem país, que
ainda pode ampliar a delegação, ultrapassar os 225
atletas de Atlanta-96 e superar expectativa do COB
Brasil já conta com maior time olímpico da história
ADALBERTO LEISTER FILHO
GUILHERME ROSEGUINI
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma delegação recorde defenderá o Brasil na busca do reencontro com o lugar mais alto do
pódio olímpico. Ontem, com a
definição de vagas no remo e no
iatismo, o país terá ao menos 226
atletas em ação nos Jogos de Atenas, a partir de 13 de agosto.
A maior delegação enviada até
hoje foi a que participou da Olimpíada de Atlanta-96, com 225
competidores. Em Sydney-00,
quando os brasileiros não conquistaram nenhuma medalha de
ouro, esse número caiu para 205.
Em sua primeira participação
nos Jogos, em 1920, o Brasil enviou 29 atletas. O país não esteve
na primeira Olimpíada da era
moderna (em Atenas, em 1896)
-nem nas quatro seguintes.
O Comitê Olímpico Brasileiro
estimava levar um total de 220
competidores para a nova Olimpíada na Grécia. Até a última sexta-feira, 218 haviam obtido vaga.
Só que o cenário ganhou um novo
desenho no final de semana.
No sábado, o remador Anderson Nocetti garantiu vaga no skiff
individual ao chegar à final do
Pré-Olímpico de El Salvador. Ontem, mais três atletas carimbaram
o passaporte: Fabiana Beltrame
(skiff individual) e Thiago Gomes
e José Carlos Sobral Jr. (duplo
skiff peso leve). O remo pode ainda classificar mais dois barcos no
Pré-Olímpico europeu, em junho.
No iatismo, Fernanda Oliveira e
Adriana Kostiw alcançaram a
classificação na classe 470 ao ficarem em 13º no Mundial de Zadar
(Croácia). Com elas, a delegação
nacional terá representantes em
nove das 11 classes. Serão 14 atletas, dois a mais do que em Sydney.
O crescimento da equipe nacional foi impulsionado por várias
modalidades, desde as que tradicionalmente classificam muitos
nomes, como a natação e o atletismo, passando por esportes ascendentes, casos de ginástica artística
e handebol, e chegando a modalidades com poucas chances de
medalha, como pentatlo moderno, remo e tênis de mesa.
Na natação, a equipe brasileira
terá 20 atletas, contra 13 que pularam na água em Sydney. No atletismo, que ainda não encerrou
seu prazo de classificação, o país
já garantiu 22 nomes. Na última
edição dos Jogos foram 17.
O pentatlo moderno volta aos
Jogos após 40 anos ausente. O tênis de mesa cresceu sua delegação
de três para cinco atletas.
Os tenistas Gustavo Kuerten e
Flávio Saretta fazem o número
chegar a 226. A classificação olímpica será feita com base no ranking de entradas -são 86 vagas
para os melhores da lista até o dia
14 de junho, com um teto de quatro competidores por país. Guga
ocupa o 26º lugar nessa classificação, e Saretta é o 55º colocado.
Além deles, o Brasil ainda está
na contenda para classificar uma
dupla feminina no tênis.
Apesar do incremento da delegação, o COB diz que não vai ter
problemas logísticos para acomodar todos os atletas na Vila Olímpica. "Preciso chutar alto para
não errar. Por isso, quando informei ao Comitê Olímpico Internacional nosso número de atletas,
falei em 230. Não vai faltar colchão para ninguém", relata Marcus Vinicius Freire, coordenador
técnico do comitê nacional.
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