|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FUTEBOL
Treinador, sexto da era MSI, diz estar mais maduro na sua volta e que utilizará o diálogo para lidar com os jogadores
Sem chicote, Geninho assume Corinthians
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
Vacinado, maduro e ciente da
pressão que vai enfrentar na segunda passagem pelo clube.
Em sua apresentação oficial no
Corinthians, o técnico Geninho,
sexta aposta de Kia Joorabchian
desde que assumiu o futebol do
clube, chegou falando em chavões
como garra e determinação para
levantar o moral do time, mas deixou claro que o seu estilo de trabalho vai ser bem light para não
esbarrar na fogueira de vaidades
que domina o Parque São Jorge.
"Não vou ser técnico de usar o
chicote. Meu estilo não é esse. É
na base do diálogo. Trabalho assim e não me lembro de problemas de indisciplina que aconteceram comigo. Aqui no Corinthians, todos vão ter direitos e deveres iguais", falou o treinador.
Preocupado em não se comprometer com os medalhões corintianos logo de cara, Geninho ficou
em cima do muro ao ser abordado sobre os problemas do elenco.
Com Roger, por exemplo, saiu
pela tangente ao falar do descontentamento do meia em não ser
titular. "Ficaria mais preocupado
se ele estivesse acomodado com a
reserva. Gosto dessa insatisfação", afirmou o treinador que
usou a mesma postura quando a
questão passou a ser Marcelinho e
Ricardinho, desafetos declarados.
"Eles são pessoas inteligentes.
Terão que ceder em algumas coisas. Isso é normal", afirmou.
O fato de ter seu nome contestado por boa parte dos conselheiros
do clube também não abalou o
novo treinador.
"Sei que não sou uma unanimidade, mas tenho um bom relacionamento com o presidente Alberto Dualib, que me convidou para
vir", disse Geninho.
Em relação ao time, o novo comandante anunciou mudanças. E
a primeira delas é arrumar a defesa. Adepto do esquema 3-5-2, Geninho disse que deve optar por
três zagueiros, ou três marcadores, para sanar a maior deficiência
da equipe. "Tenho um time que
sempre faz gols. Se conseguir evitá-los, vai ser um grande passo."
Após se dizer mais maduro nesta sua segunda passagem, Geninho vê o elenco de agora em melhores condições do que em 2003.
"É um time melhor, mas entrosado. Temos é que parar com algumas coisas. Esquecer a eliminação para o River Plate [em 2003
Geninho também caiu diante dos
argentinos no torneio sul-americano] voltar a vencer no Brasileiro e buscar uma nova chance na
Libertadores no ano que vem."
O técnico falou que vai conversar com o grupo e mostrou a realidade que espera os seus jogadores daqui para frente.
"A Libertadores é a vedete do
torcedor corintiano. A equipe
não pode ter medo de jogar.
Quando as vitórias começarem a
acontecer, a torcida vai jogar junto", comentou o treinador.
Geninho anunciou também a
reintegração de Betão e Coelho.
Sobre o relatório entregue por
Ademar Braga, que volta a trabalhar como auxiliar, as conclusões
já estão sendo tiradas.
"Claro que ajuda. O Ademar
conhece todo mundo. Mas gosto
de ver e sentir as coisas", afirmou
Geninho dando idéia de que o seu
poder de observação é que vai determinar o futuro dos jogadores.
Sobre reforços, e a possibilidade
de perder jogadores importantes
depois da Copa, como o astro argentino Tevez, Geninho pediu
tempo. "Acabei de chegar e não
estou sabendo de nada", falou o
treinador corintiano.
Texto Anterior: Futebol - Tostão: O grande jogo da Europa Próximo Texto: Frase Índice
|