São Paulo, segunda-feira, 17 de maio de 2010 |
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JUCA KFOURI Em busca da redenção
O CORINTHIANS jogou o suficiente para derrotar o time misto do Grêmio. A vitória foi justa e sublinhou um bom começo de Brasileirão do alvinegro - que só tem este campeonato para salvar seu centenário. Ao cometer o erro de botar todos os ovos na mesma cesta, a da Libertadores, direção e comissão técnica corintianas estão diante de tentar reverter a maior decepção entre as grandes torcidas do país nesta temporada que já vai quase pelo meio. Apesar de mais um gol de Souza, o segundo da vitória no Olímpico por 2 a 1, está claro que o elenco não tem um substituto à altura de Ronaldo, deficiência que se não foi decisiva na Libertadores, poderá vir a ser no torneio nacional. O Corinthians de Mano Menezes, aliás, lembra a seleção de Dunga: tem um monte de volantes, até bons, mas pouca gente na criação, além da falta de finalizadores da envergadura de um grupo que queira ser pentacampeão brasileiro, consolo para salvar o ano de 2010. Bastidores FC-1 Marco Polo Del Nero submergiu. Paga alto pela promessa leviana de que daria quatro votos paulistas a Kléber Leite no Clube dos 13. Houve só dois e nenhum deles, Corinthians e Santos, por sua influência. O do Corinthians foi dado como oposição ao São Paulo e em nome de benesses na Libertadores e na Copa do Mundo da África do Sul. Ficou, como se sabe, só na segunda vantagem, já que o presidente do clube será o único representante corintiano na seleção brasileira, na simbólica figura de chefe de delegação. E o voto santista foi consensual no novo comando do clube. Palmeiras e Lusa não votaram como o presidente da FPF prometeu e o São Paulo, é claro, não votaria com ele e, de novo, com a CBF. Bastou cair no conto uma vez, na última reeleição de Ricardo Teixeira. O preço que Nero paga é alto: Teixeira botou Reinaldo Carneiro Bastos, vice e desafeto de Nero, no comando da Série B. E olhe que é preciso coragem e certeza de impunidade para se aliar a Bastos. Bastidores FC-2 Ricardo Teixeira permanece seguro de que a abertura da Copa de 2014 será em São Paulo -pois a prisão de José Roberto Arruda frustrou seus planos brasilienses e a derrota de Aécio Neves para José Serra na corrida presidencial entre os tucanos tirou Minas do horizonte. Mas o cartolão garante que a abertura não será no Morumbi. Ele confia na arena prometida por Gilberto Kassab, embora para 45 mil torcedores. Porque sabe que pode quebrar a exigência da Fifa de 65 mil lugares com a garantia de que os convidados VIPs terão um tratamento jamais visto. Faça-se justiça Na destrambelhada, e pior que a convocação, entrevista de Dunga, uma vez ele acertou na mosca. Foi quando se referiu aos que defendem a convocação de Ganso e Neymar por razões comerciais, porque em nome dos interesses de empresários deles, também patrocinadores, como o Grupo Sonda, das "indignadas" vozes que, por sinal, contrariam a vontade do Santos, que prefere mantê-los. blogdojuca@uol.com.br Texto Anterior: Torcida vaia, mas aplaude Federer no fim Próximo Texto: Webber, 33, é líder pela 1ª vez Índice |
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