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Ministro do TCU se diz amigo de Teixeira
HUDSON CORRÊA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Por meio de sua assessoria, o
ministro do TCU (Tribunal de
Contas da União), Marcos Vinicios Vilaça, afirmou ter atendido "a um convite pessoal" do
presidente da CBF, Ricardo
Teixeira, ao aceitar chefiar a
delegação da seleção brasileira
em Assunção, no Paraguai. E
disse ser amigo do cartola.
O TCU fiscalizará gastos públicos com a Copa de 2014, que
será organizada pela CBF.
Como o ministro informou
que não daria entrevista, a Folha perguntou por escrito se a
CBF pagou as despesas dele
com a viagem ao Paraguai.
Sem responder à pergunta, a
assessoria informou, desta vez,
que o ministro está de férias e
que recebeu o convite por ser
um "conhecedor do futebol".
Ele já presidiu o Náutico.
Vilaça também argumentou,
via assessoria, que não foi ele
quem propôs a fiscalização na
Copa-2014, mas sim o seu colega ministro Aroldo Cedraz, que
comandará o trabalho.
Em 31 de outubro do ano passado, Cedraz pediu a criação de
um grupo de trabalho no tribunal para fiscalizar os gastos públicos com a Copa-2014 prevendo que "o governo assumirá
significativos encargos".
Ao propor a fiscalização, Cedraz citou que o tribunal encarregara Vilaça de acompanhar
os gastos do Pan-Americano do
Rio, no ano passado.
Um mês depois, também no
plenário do TCU, Vilaça afirmou que, depois do Pan do Rio,
o próximo desafio será fiscalizar a Copa-2014 e considerou
preciosa a iniciativa de Cedraz
de propor o grupo de trabalho.
Vilaça ainda lembrou que os
gastos estimados de R$ 500 milhões para o Pan alcançaram a
marca de quase R$ 4 bilhões.
Na ocasião, Vilaça pediu ao
TCU que determinasse uma
fiscalização para localizar material esportivo comprado para
treinamento e competições no
Pan-Americano.
Os equipamentos estariam
estocados, sem uso, conforme
relatou o ministro.
Vasco da Gama
Vilaça já tomou decisões em
outro processos sobre futebol.
Em agosto do ano passado, ele
manteve decisão do TCU que
anteriormente mandara o governo federal rescindir contrato que permitia ao Vasco usar,
gratuitamente, uma área de
485 mil m2 em Duque de Caxias
(RJ) para construção de um
centro de treinamento.
Há mais tempo, em 1993, o
ministro recebeu um processo
de pedido de informações sobre as atividades da CBF feito
por um deputado federal.
No site oficial, em notícia sobre o jogo contra o Paraguai
anteontem, a CBF lembrou que
o ministro da TCU já foi um
cartola do futebol, quando dirigiu o Náutico nos anos 60.
A Folha ainda procurou ontem o corregedor do TCU, o vice-presidente ministro Ubiratan Aguiar, e informou à secretária dele o teor da reportagem.
Aguiar, no entanto, não ligou
de volta.
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