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Primeiro jogo da final da Libertadores expõe rigor da arbitragem sul-americana com Neymar e faz rivais reclamarem do estilo do atacante
PAULO COBOS
EDITOR-ASSISTENTE DE ESPORTE
Neymar, 19, tem pela frente nas próximas semanas
uma finalíssima de Libertadores e uma Copa América,
sua primeira competição oficial pela seleção principal.
Então é melhor que ele e
seus treinadores se preocupem com a arbitragem.
Juízes sul-americanos, que
vão trabalhar nesses jogos,
demostram bem menos paciência com o talentoso camisa 11 santista do que os
seus pares brasileiros.
É o que mostra o número
de cartões amarelos aplicados a Neymar, acusado muitas vezes por rivais de simular faltas recebidas e exagerar na demonstração de dor depois de faltas reais.
Em 2011, o atacante fez 19
jogos com um sul-americano
no apito -12 pela Taça Libertadores e outros sete no Sul-
-Americano sub-20 do Peru,
no início do ano. Foram seus
únicos compromissos oficias
contra times estrangeiros pelas duas categorias até hoje.
Nesses jogos, Neymar foi
advertido com o cartão amarelo nove vezes (incluindo o
segundo no jogo contra o
Colo Colo na Vila Belmiro,
por usar uma máscara, o que
acarretou sua expulsão).
A média de 0,47 é 68%
maior do que a registrada pelo atacante em jogos oficiais
nacionais pelo Santos, de
acordo com dados do clube.
Até em jogo amistoso da
seleção Neymar não teve perdão da arbitragem sul-americana. Contra a Holanda, em
Goiânia, o paraguaio Carlos
Amarilla o advertiu com o
amarelo após o que considerou uma simulação do atleta.
O mesmo Amarilla voltou
a mostrar o amarelo para o
santista anteontem, em Montevidéu, no primeiro jogo da
final da Libertadores, o empate sem gols contra o Peñarol, de novo por simulação.
Foi o estopim para o camisa 11 perder a paciência.
"Ele [Amarilla] me deu
amarelo e ficou me ameaçando, falando que, se encostasse no cara, eu iria para fora.
Ele olhou para mim e disse
três vezes que me colocaria
para fora [do jogo]", declarou
Neymar ainda na capital do
Uruguai, onde também irritou os jogadores do Peñarol.
"O Neymar riu de mim e
faltou com o respeito comigo.
Quase perdi a cabeça", disse
o lateral González, que em
boa parte da partida marcou
o santista. O atleta do Peñarol prevê novos problemas
no jogo da volta, quando
quem ganhar fica com o título -empate leva a decisão
para a disputa de pênaltis.
"Com a torcida a seu favor,
ele fará novas simulações e
não será vaiado, como no
Centenario", disse González.
A Conmebol designou o argentino Sergio Pezzotta para
o segundo confronto da decisão, na próxima quarta-feira,
no Pacaembu. Ele já trabalhou em um jogo do Santos
na Libertadores, contra o Colo Colo, em Santiago.
E seguiu a "regra" de mostrar o amarelo ao camisa 11.
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