São Paulo, sexta-feira, 17 de junho de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

marcado

Primeiro jogo da final da Libertadores expõe rigor da arbitragem sul-americana com Neymar e faz rivais reclamarem do estilo do atacante

PAULO COBOS
EDITOR-ASSISTENTE DE ESPORTE

Neymar, 19, tem pela frente nas próximas semanas uma finalíssima de Libertadores e uma Copa América, sua primeira competição oficial pela seleção principal.
Então é melhor que ele e seus treinadores se preocupem com a arbitragem.
Juízes sul-americanos, que vão trabalhar nesses jogos, demostram bem menos paciência com o talentoso camisa 11 santista do que os seus pares brasileiros.
É o que mostra o número de cartões amarelos aplicados a Neymar, acusado muitas vezes por rivais de simular faltas recebidas e exagerar na demonstração de dor depois de faltas reais.
Em 2011, o atacante fez 19 jogos com um sul-americano no apito -12 pela Taça Libertadores e outros sete no Sul- -Americano sub-20 do Peru, no início do ano. Foram seus únicos compromissos oficias contra times estrangeiros pelas duas categorias até hoje.
Nesses jogos, Neymar foi advertido com o cartão amarelo nove vezes (incluindo o segundo no jogo contra o Colo Colo na Vila Belmiro, por usar uma máscara, o que acarretou sua expulsão).
A média de 0,47 é 68% maior do que a registrada pelo atacante em jogos oficiais nacionais pelo Santos, de acordo com dados do clube.
Até em jogo amistoso da seleção Neymar não teve perdão da arbitragem sul-americana. Contra a Holanda, em Goiânia, o paraguaio Carlos Amarilla o advertiu com o amarelo após o que considerou uma simulação do atleta.
O mesmo Amarilla voltou a mostrar o amarelo para o santista anteontem, em Montevidéu, no primeiro jogo da final da Libertadores, o empate sem gols contra o Peñarol, de novo por simulação.
Foi o estopim para o camisa 11 perder a paciência.
"Ele [Amarilla] me deu amarelo e ficou me ameaçando, falando que, se encostasse no cara, eu iria para fora. Ele olhou para mim e disse três vezes que me colocaria para fora [do jogo]", declarou Neymar ainda na capital do Uruguai, onde também irritou os jogadores do Peñarol.
"O Neymar riu de mim e faltou com o respeito comigo. Quase perdi a cabeça", disse o lateral González, que em boa parte da partida marcou o santista. O atleta do Peñarol prevê novos problemas no jogo da volta, quando quem ganhar fica com o título -empate leva a decisão para a disputa de pênaltis.
"Com a torcida a seu favor, ele fará novas simulações e não será vaiado, como no Centenario", disse González.
A Conmebol designou o argentino Sergio Pezzotta para o segundo confronto da decisão, na próxima quarta-feira, no Pacaembu. Ele já trabalhou em um jogo do Santos na Libertadores, contra o Colo Colo, em Santiago.
E seguiu a "regra" de mostrar o amarelo ao camisa 11.


Texto Anterior: Painel FC
Próximo Texto: Peñarol pede que Muricy seja punido
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.