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Misticismo segue a equipe em Copas
DA REPORTAGEM LOCAL
A trajetória da seleção brasileira
nas Copas do Mundo está envolta
em misticismo.
Vitórias épicas e tragédias são ligadas à sorte ou ao azar.
Em 1950, no fracasso mais retumbante do time, a "falta de sorte" foi verificada já no ônibus. O
veículo que levou a seleção ao Maracanã para a final da Copa com o
Uruguai quebrou. Os atletas, que
até empurraram o ônibus, viram
no episódio um mau sinal.
Curiosamente, no primeiro dia
de trabalho do técnico Luiz Felipe
Scolari com os jogadores da seleção, o ônibus que levava os atletas
para a Granja Comary quebrou.
Para apagar um pouco a imagem da derrota de 50, a seleção estreou em 1954 sua camisa amarela. Mesmo assim, o time não
aguentou a força da Hungria. E,
em 1958, venceu a final de azul.
Paulo Machado de Carvalho e
Mário Américo teriam ajudado a
equipe com suas superstições em
1958 e 62. Desde a vitória de 3 a 0
sobre a Áustria na estréia da Copa
da Suécia, o dirigente usou sempre nos jogos um terno marrom.
Já o folclórico massagista fez
questão de levar para a Suécia e
para o Chile o mesmo sobretudo.
Outro símbolo da sorte foi o comandante Bugner. Paulo Machado de Carvalho exigiu que o piloto, que havia levado o time até a
Suécia em 58, também levasse a
delegação para o Chile em 62. O
Brasil foi bicampeão assim.
Em 1970, o pé-quente Zagallo
estreou como técnico em Copas.
Adepto do número 13, o treinador
viu seu time ser consagrado como
a equipe dos camisas de número
dez: Pelé (do Santos), Gérson (do
São Paulo), Tostão (do Cruzeiro),
Jairzinho (do Botafogo) e Rivellino (do Corinthians).
Em 1982, o árbitro Abraham
Klein, que tinha apitado Brasil 1x0
Inglaterra na Copa-70 e Brasil 2x1
Itália na Copa-78, deu azar. Apitou Brasil 2x3 Itália. O lateral Júnior, que gravou um samba especial para o Mundial, não deixou
Rossi impedido no terceiro gol
italiano e ruiu como sambista.
Em 86, foram símbolos de mau
agouro o técnico Telê Santana,
que perdeu sua segunda Copa, o
goleiro Carlos, que levou gol incrível na disputa de pênaltis com a
França, e Arakem, personagem
que foi símbolo da torcida do país
no Mundial do México.
(RBU)
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