Treinador alerta jogadores palmeirenses pelo gol sofrido no final do clássico com o Santos

ROGÉRIO REZEKE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A era Luiz Felipe Scolari recomeçou anteontem no Palmeiras, quando o técnico foi apresentado oficialmente no clube e acompanhou, do camarote do estádio do Pacaembu, seu novo time derrotar o Santos por 2 a 1, pelo Campeonato Brasileiro.
Na prática, para os jogadores, a administração do novo comandante começou ontem. Antes do treinamento, Scolari teve a primeira conversa com o elenco, na qual apresentou sua filosofia de trabalho para os que ainda não o conheciam e já chamou a atenção dos atletas.
Em tom de alerta, não de bronca, o técnico disse que o time não pode vacilar como aconteceu contra o Santos.
O Palmeiras vencia por 2 a 0, sofreu um gol a menos de 15 minutos do final da partida e quase cedeu o empate em uma bobeira da defesa, que terminou com a bola batendo no travessão.
O goleiro Deola, titular no clássico no lugar de Marcos, que se recupera de cirurgia no joelho esquerdo, confirmou que Scolari deu um puxão de orelha nos jogadores.
"No primeiro contato que tivemos, ele nos passou um pouco da forma como trabalha e fez comentários sobre a partida. Falou de algumas coisas normais, coisas que ainda precisamos acertar", disse o substituto de Marcos.
Mesmo sem alterar a vitória palmeirense, o gol do Santos causou estragos.
Além de deixar o time nervoso nos minutos finais, fez o Palmeiras perder duas posições na tabela de classificação. Se vencesse por 2 a 0, o time assumiria a quinta posição. Com o resultado, ficou apenas na sétima colocação.
"Pode-se dizer que houve uma falta de comunicação naquele lance", justificou Deola, sobre o gol de Marcel.
Além de confirmar que Scolari não ficou satisfeito com o vacilo no final da partida, o goleiro revelou um pouco da forma como o novo treinador trabalha e o que ele tem de diferente que faz com que os jogadores rendam mais sob o seu comando.
"Ele tem um estilo paizão. O mesmo tratamento que o Felipão dá ao Marcos, que tem 36 anos e foram campeões da Libertadores juntos, ele dá ao Vinícius, que chegou agora das categorias de base e tem seus 16 anos."
No entanto, assim como todo bom pai, as cobranças farão parte da rotina do time alviverde, como aconteceu no treinamento de ontem.
"Ele cobra os jogadores. E cobra muito mesmo. Ele tem a hora de brincar, mas quer todos dando 100% nos treinos, todo mundo tem que trabalhar duro e isso acaba motivando o elenco", afirmou Deola. "Isso nos dá confiança, dá motivação, e os jogadores acabam respondendo da forma que é preciso", completou o goleiro.


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