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São Paulo, domingo, 17 de agosto de 2003

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PAN E CIRCO

O novo inimigo: a Ilha

JOSÉ ROBERTO TORERO
COLUNISTA DA FOLHA

Quando os Jogos de Santo Domingo começaram, confesso que não imaginava que o Brasil fosse conseguir mais sucesso do que em 1999. Felizmente me enganei. Superamos o nosso recorde de medalhas de ouro e de pódios.
Agora, se aperfeiçoarmos nossos métodos e garantirmos a continuidade dos investimentos, no Pan do Rio superaremos o Canadá até com certa folga e, mais do que isso, iniciaremos um ataque aos cubanos.
Na verdade, é uma vergonha que tomemos uma surra de Cuba. Nossa renda per capita é mais que o triplo da deles, nossa população é mais de dez vezes maior, e nosso PIB é 50 vezes o PIB cubano.
Os mais céticos dirão que eles gostam é de fazer propaganda com o esporte. Mas não vejo problema em fazer propaganda com o esporte. E com a educação e com a saúde pública.
Creio que só há dois modos de vencer a Ilha. O primeiro é transformar o esporte em prioridade política e social, como parte integrante de um grande projeto de educação e de felicidade. O segundo é torcer para que Bush Filho invada Cuba.
Prefiro a primeira opção.



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