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PERFIL
Bochecha trocou cálculo por quimono e agora só quer curtir
DOS ENVIADOS A ATENAS
O ano era 2002, e Bochecha
enfrentava um dilema. Ou
continuava estudando engenharia em Santos ou se dedicava ao judô: as aulas na faculdade eram à noite, nos horários
de treino. Ontem, ele teve certeza de que fez a opção certa.
"Valeu o sacrifício. Foi demais. Falei com minha mãe, e
ela disse que todo mundo estava em casa. Amigos, família...
Nem sei como coube. Minha
casa é pequena", disse ele, que
neste ano começou a cursar direito -com bolsa de estudos e
dispensa para competir.
Nascido em Suzano, na
Grande São Paulo, mas morando em Santos desde os 3
anos, o primeiro medalhista
do Brasil em Atenas é o caçula
de Geraldo e Regina, ele funcionário da Petrobras e ela dona-de-casa. Sem nenhum judoca na família, começou a lutar na escola, aos 5 anos.
Aos 6, foi treinar com Ivo
Nascimento na Associação de
Judô Paulo Duarte. E ganhou o
apelido. "Quando ele engordava, ficava bochechudo", disse a
amiga Danielle Zangrando.
Aos 10, ganhou um segundo
técnico, Rogério Sampaio. E
aos 19, sentiu-se perto de Deus.
"Foi na final do Mundial Júnior. Estava olhando para o
nada e senti isso."
Aos 21, é medalhista olímpico. E agora só quer curtir.
"Não fui à cerimônia de abertura para me concentrar. Agora, vou aproveitar."
(EA E FSX)
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