São Paulo, quarta-feira, 17 de agosto de 2005

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FUTEBOL

Após o histórico encontro de anteontem na TV argentina, ídolos tratam de campanha conjunta por crianças e saúde

Pelé e Maradona já armam viagem juntos

Associated Press
Maradona e Pelé conversam durante o programa do ex-craque argentino, que estreou anteontem


RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

Pelé e Maradona, os mais renomados jogadores da história do futebol, encontraram-se anteontem em uma histórica entrevista na TV argentina. Muito em breve, deverão estar juntos de novo em algum lugar do planeta em campanha pelas crianças e pela saúde.
Em meio à estréia do programa do ex-meia argentino no Canal 13, um encontro que teve até um bate-bola entre os dois mitos, começou a idéia de unir forças em torno de causas que ambos estão dispostos a defender mundo afora.
Após o programa, cheio de descontração -os dois riram, se abraçaram, cantaram e trocaram camisas autografadas-, ficou a cargo de Guillermo Bassignani, representante de Pelé na Argentina, fazer uma agenda comum para os astros. A idéia inclui até viagens conjuntas para campanhas.
""Sou muito amigo de Diego [Maradona]. Ele que me ligou querendo que eu convidasse Pelé para o programa. Liguei, e o Pelé logo aceitou. Mandamos as passagens, e tudo aconteceu muito rápido. Agora, eles querem viajar juntos em campanhas pelas crianças, pela saúde, essas coisas", disse Bassignani ontem à Folha.
Durante o programa, quando Maradona levantou a questão das drogas e lembrou o caso de Edinho, filho de Pelé, o brasileiro já sugeriu uma união. ""Podemos fazer muita coisa juntos", afirmou Pelé, ex-desafeto do argentino.
Os dois trocaram elogios diante das câmeras, e Maradona destacou especialmente a disposição de Pelé em tratar de todos os temas. ""No camarim, Pelé me disse que eu poderia perguntar o que quisesse. Isso me tocou no coração", afirmou o agora apresentador.
A espontaneidade marcou a estréia, que reuniu a família de Maradona e teve cenas tocantes, como o choro do pai do ex-meia.
Segundo Bassignani, Pelé não recebeu cachê pela sua participação. Ele também negou que o encontro tenha sido costurado pela Mastercard, de quem Pelé é garoto-propaganda e cujo logotipo estampava camisa de Maradona.
""Não teve nada comercial. O Pelé não sabia de nada do que aconteceria no programa. Foi tudo de improviso mesmo, a música, o bate-bola", disse Bassignani.
Após conversarem em uma mesa que estampava bandeiras de Brasil e Argentina, o Rei, chamado assim pelo argentino, foi a um sofá com outros convidados e lembrou que tentou levar Maradona para o Santos. ""Há sete ou oito anos eu quis comprar o passe desse "muchacho". Ele não quis."


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