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Ex-treinador aprova termo antinamoro
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTA BÁRBARA D'OESTE
Conhecido por adotar o
estilo "linha dura", Reinaldo
Rosa, 48, que treinou o campeão olímpico César Cielo
dos 12 aos 16 anos, apóia a
cláusula no contrato do nadador com a Universidade
de Auburn, nos EUA, pela
qual deve evitar namoros.
"Tem gente que critica isso, mas foi fundamental. Isso
fez com que ele sentisse a
importância do comprometimento com a natação. Ele é
raçudo e predestinado."
Para Rosa, Cielo ainda não
atingiu o seu ápice. "Na próxima Olimpíada, não vai ter
pra ninguém. Ele ainda tem
muita lenha pra queimar.
Ele pode chegar ao nível de
um Michael Phelps", disse.
O ex-professor disse que a
medalha de bronze conquistada por Cielo nos 100m
-prova que não é sua principal especialidade- foi fundamental para melhorar o
emocional do nadador. "Ali,
as cinzas reavivaram e ele
veio com tudo para os 50m
[sua especialidade]."
Cidade natal do nadador,
Santa Bárbara d'Oeste (a 138
km de SP), prepara carreata
e homenagens (com direito a
desfile em carro do Corpo de
Bombeiros) para receber
Cesão, como é conhecido ali.
Centenas de camisetas
com a imagem de Cielo também foram confeccionadas.
Na cidade, amigos e fãs do
nadador festejaram a medalha de ouro conquistada na
noite de anteontem.
Em Campinas, a avó do
nadador Olga Lira também
comemorou. "Agora sou
uma pessoa dourada também. Vou esperá-lo com a
comidinha de avó que ele
tanto gosta", disse.
Ela pretende preparar
frango com polenta para o
neto, seu prato predileto.
As "tias" Bete e Lurdinha,
que conviveram com Cielo
dos três aos cinco anos na escola infantil Toca do Coelho,
guardam até hoje com orgulho algumas fotografias do
nadador quando criança.
No Clube Barbarense, local onde o brasileiro começou a nadar aos oito anos,
houve uma festa anteontem
com mais de 500 pessoas, fogos de artifício e muita torcida diante de um telão. Entre
os torcedores estava Jader
Segatto de Oliveira, 22, amigo de infância de Cielo.
"Nós começamos juntos e
ele desde o início brigava pelas primeiras posições. Ele é
um cara humilde e bem humorado. Em 1999, viajamos
juntos para os EUA. Hoje
nos falamos pela internet",
disse o amigo, que cursa engenharia na USP, em São
Carlos, interior paulista.
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