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Pessoas tendem a achar que as crianças se confundem, diz ONG
DA ENVIADA A IRVINE
A federação de natação
dos EUA fechou parceria com
a ONG Child Welfare League
of America para criar novas
regras para reger a relação
entre técnicos e nadadores.
Para Linda Spears, vice-
-presidente sênior da organização, o principal problema
no combate ao abuso sexual
de menores é a falta de crença na denúncia das crianças.
"Não só na natação, mas
na sociedade em geral, as
pessoas têm tendência a não
querer enxergar o abuso porque ficam horrorizadas e não
acreditam que seja verdade.
Muitas vezes elas conhecem
o agressor", afirma Linda.
"Podem ser seus vizinhos,
membros da família, amigos,
técnicos e outros que são vistos com respeito pela comunidade. É difícil acreditar que
nossos líderes possam fazer
algo tão terrível quanto a pedofilia. As pessoas tendem a
achar que as crianças estão
confundindo as coisas."
Dados do governo dos
EUA apontam que 90% das
crianças vítimas de abuso sexual conhecem o agressor.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, só 2%
dos casos em que o molestador é alguém conhecido são
denunciados. Relatório do
Unicef de 2008 aponta que
2 milhões de menores sofrem
algum tipo de abuso sexual,
por ano, na América Latina.
No mundo, o número chega a
220 milhões.(ML)
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