UOL


São Paulo, quarta-feira, 17 de setembro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PRIMO RICO E UNIVERSITÁRIO

Time, que conta com atletas que atuaram em clubes grandes, usa universidade como CT

Ulbra joga como "estranho no ninho"

DA REPORTAGEM LOCAL

A realidade dos 32 jogadores do elenco do Sport Club Ulbra é bem diferente da maioria de seus colegas de profissão que disputarão a Série C.
Dois são os elementos que diferem o time gaúcho dos demais clubes da competição.
Primeiro, o time não é de um clube, mas de uma universidade.
Segundo, a infra-estrutura disponibilizada pela instituição, incomum na última divisão do certame nacional. A equipe, que disputa pelo segundo ano a Série C, leva o nome da Universidade Luterana Brasileira (Ulbra).
Criado no início de 2002, o time profissional da Ulbra utiliza-se da universidade para suprir todas as suas necessidades.
O time só sai da universidade quando tem de jogar nos domínios do adversário.
Treinos e jogos são realizados num estádio com 4.000 lugares situado no campus da instituição em Canoas (RS), cidade próxima a Porto Alegre.
O único gasto fixo é com a folha de pagamento, que é de cerca de R$ 75 mil mensais.
O teto salarial no time é de R$ 4.000 -pagos a atletas que já atuaram em clubes grandes, como o meia Mabília (ex-Grêmio, Corinthians e Juventude, entre outros) e o volante Lauro (já defendeu Juventude e Palmeiras). A Ulbra ainda concede bolsas de estudo aos atletas, além de bancar moradia. Os solteiros moram no alojamento da universidade, e os casados têm seus gastos com aluguel reembolsados.
Para disputar a Série C, a equipe, que não está entre as 33 beneficiadas pela ajuda da CBF, estima gastar cerca de R$ 200 mil. "Mas não temos um orçamento fixo. Vamos gastando conforme o necessário", diz Mauro Paiva, gerente de esportes da Ulbra, que conta com equipes de primeira linha no futsal e no vôlei.
A equipe se dá ao luxo de não cobrar ingressos para os jogos.
"Não temos torcida e também não temos como controlar a entrada das pessoas no campus. O estádio é cercado apenas por um alambrado", afirma o coordenador de futebol do Ulbra, Paulo Henrique Marques.
Apesar das condições prévias para montar um time para lutar pelo acesso à Série B, os dirigentes dizem que a prioridade não é o Brasileiro, mas o Gaúcho, em que a equipe está prestes a subir da segunda para a primeira divisão. "É a meta da reitoria. Regionalmente, nos dará mais visibilidade", diz Paiva. (EAR E PGA)


Texto Anterior: Velhos conhecidos
Próximo Texto: Quase anônimos
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.