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PRIMO RICO E UNIVERSITÁRIO
Time, que conta com atletas que atuaram em clubes grandes, usa universidade como CT
Ulbra joga como "estranho no ninho"
DA REPORTAGEM LOCAL
A realidade dos 32 jogadores
do elenco do Sport Club Ulbra é
bem diferente da maioria de
seus colegas de profissão que
disputarão a Série C.
Dois são os elementos que diferem o time gaúcho dos demais
clubes da competição.
Primeiro, o time não é de um
clube, mas de uma universidade.
Segundo, a infra-estrutura disponibilizada pela instituição, incomum na última divisão do
certame nacional. A equipe, que
disputa pelo segundo ano a Série
C, leva o nome da Universidade
Luterana Brasileira (Ulbra).
Criado no início de 2002, o time profissional da Ulbra utiliza-se da universidade para suprir
todas as suas necessidades.
O time só sai da universidade
quando tem de jogar nos domínios do adversário.
Treinos e jogos são realizados
num estádio com 4.000 lugares
situado no campus da instituição em Canoas (RS), cidade próxima a Porto Alegre.
O único gasto fixo é com a folha de pagamento, que é de cerca
de R$ 75 mil mensais.
O teto salarial no time é de R$
4.000 -pagos a atletas que já
atuaram em clubes grandes, como o meia Mabília (ex-Grêmio,
Corinthians e Juventude, entre
outros) e o volante Lauro (já defendeu Juventude e Palmeiras).
A Ulbra ainda concede bolsas de
estudo aos atletas, além de bancar moradia. Os solteiros moram no alojamento da universidade, e os casados têm seus gastos com aluguel reembolsados.
Para disputar a Série C, a equipe, que não está entre as 33 beneficiadas pela ajuda da CBF, estima gastar cerca de R$ 200 mil.
"Mas não temos um orçamento
fixo. Vamos gastando conforme
o necessário", diz Mauro Paiva,
gerente de esportes da Ulbra,
que conta com equipes de primeira linha no futsal e no vôlei.
A equipe se dá ao luxo de não
cobrar ingressos para os jogos.
"Não temos torcida e também
não temos como controlar a entrada das pessoas no campus. O
estádio é cercado apenas por um
alambrado", afirma o coordenador de futebol do Ulbra, Paulo
Henrique Marques.
Apesar das condições prévias
para montar um time para lutar
pelo acesso à Série B, os dirigentes dizem que a prioridade não é
o Brasileiro, mas o Gaúcho, em
que a equipe está prestes a subir
da segunda para a primeira divisão. "É a meta da reitoria. Regionalmente, nos dará mais visibilidade", diz Paiva.
(EAR E PGA)
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