UOL


São Paulo, quarta-feira, 17 de setembro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

BASQUETE

Contra o Chile, pelo Pré-Olímpico do México, equipe de Barbosa inicia busca da última vaga americana para 2004

Por Atenas, seleção busca título inédito

Wander Roberto/Divulgação
As pivôs Kelly e Cíntia Tuiú treinam para a estréia do Brasil no Pré-Olímpico, que oferece uma única vaga para a Olimpíada na Grécia


ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Atrás de um título inédito, a seleção feminina inicia hoje, contra o Chile, sua participação no Pré-Olímpico de Culiacan (México).
A melhor colocação do país na competição foi o vice-campeonato, em 1999. Em cinco participações, o país ficou três vezes fora da Olimpíada (1980, 84 e 88) e se classificou em 1992 e 99.
Para garantir vaga em Atenas-2004, o Brasil precisa vencer o torneio, que não terá a participação dos EUA, campeões mundiais. "Nossos maiores rivais são Cuba e Canadá. Sem menosprezar ninguém, sabemos que o nível dos outros está bem abaixo", diz o técnico Antonio Carlos Barbosa, que terá o time completo no México.
Verdade. Porém a equipe brasileira decepcionou no último torneio em que contou com suas principais atletas. Candidato ao pódio, o Brasil ficou em sétimo lugar no Mundial da China-2002.
Preocupado com a situação, o presidente da Confederação Brasileira de Basquete, Gerasime Bozikis, o Grego, foi incisivo na apresentação do grupo, em junho.
"Tem que ganhar [a vaga olímpica]. Se não ganhar, não precisa nem voltar ao Brasil", afirmou.
Os dois passos iniciais para Atenas não serão tão difíceis. Com sete equipes na disputa, a seleção terá o privilégio fazer um jogo a menos na fase de classificação.
No Grupo A, o Brasil irá duelar apenas com Chile (à meia-noite de hoje) e México. No Grupo B aparecem Canadá, Cuba, Argentina e República Dominicana.
"Nossos primeiros jogos servirão para arrumarmos a equipe para a semifinal", conta Barbosa.
Para carimbar o passaporte para a Grécia, entretanto, a seleção deve pegar Cuba ou Canadá na semifinal, no sábado, e em uma eventual decisão, no domingo.
O principal trunfo das canadenses é a dupla que atua na WNBA: a pivô Tammy Sutton-Brown e a ala Stacey Dales-Schuman. Já o time cubano foi o campeão do Pré-Olímpico-99, em Havana.
Apesar disso, o Brasil, com a equipe completa, é favorito à vaga. "Com a chegada de todas as atletas, ganhamos mais possibilidades de revezamento da equipe na quadra", festeja Barbosa.
Para a principal competição da seleção neste ano, o time ganhou os reforços de Helen, Janeth, Iziane e Erika. As três primeiras estavam na WNBA. Erika disputou o Mundial sub-21 da Croácia -o Brasil ficou em segundo lugar.
"Elas são um grande reforço. Mas chegaram em condições desiguais", preocupa-se o treinador.
A situação mais diferenciada é a de Helen. No Washington, time pelo qual disputou a liga norte-americana, a armadora jogou, em média, apenas 8,3 minutos por partida. "A Janeth vinha jogando mais. Por isso, tive que colocar a Helen aos poucos na equipe para prevenir lesões", conta o técnico.
Em compensação, Barbosa perdeu, em 2003, Adriana e Claudinha, que anunciaram que não jogarão mais pela equipe brasileira, e Silvinha, que pediu dispensa.
"Já saíram a Hortência, a Paula e outras jogadoras, e a seleção ganhou Janeth, Helen e Alessandra. O time sofre uma oxigenação constante", analisa Grego. "A Silvinha pediu para não jogar agora. Mas as portas estão abertas para ela", completa o dirigente.
Mesmo com a seleção masculina fora da Olimpíada, Barbosa não crê que a responsabilidade de sua equipe tenha aumentado.
"Com o time que temos, seremos cobrados de qualquer maneira, independentemente do masculino", diz o treinador.


Texto Anterior: Ciclismo: Alemão tem pena por doping cancelada
Próximo Texto: Classificação dá a Janeth chance de 4 Olimpíadas
Índice

UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.