São Paulo, sábado, 17 de setembro de 2011

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MEMÓRIA

Paralisações atrasaram obras na África do Sul

DE SÃO PAULO

Tudo começou como agora no Brasil, com movimentos isolados que no longo prazo pareciam inofensivos. Mas, quando as obras estavam em seu auge, as greves nos estádios erguidos na África do Sul para a Copa de 2010 se alastraram de forma quase geral e comprometeram a entrega das arenas.
Estádios que deveriam ficar prontas a tempo da Copa das Confederações, ainda no primeiro semestre de 2009, só foram inauguradas cerca de um mês antes de a bola rolar em 2010, como em Nelspruit.
Até a maior joia da Copa sul-africana, o Soccer City, não escapou.
Sucessivas greves em Johannesburgo fizeram o estádio, outro com previsão de entrega inicial para 2009, só receber seu primeiro evento em março de 2010 (e isso sem estar 100% finalizado).
Como acontece no Brasil, em que além de salários melhores os operários pedem benefícios como planos de saúde, os sul-africanos tinham uma boa pauta de reivindicações.
Na média, cada trabalhador sul-africano locado nos estádios do Mundial de 2010 tinha um salário de cerca de US$ 300 (R$ 500 pelo câmbio atual).
Inicialmente localizados, os movimentos grevistas tomaram uma forma nacional, especialmente em 2009, quando o Mundial já estava próximo e o poder de barganha dos operários aumentou.
Em julho daquele ano, uma greve geral em todos os estádios paralisou 70 mil trabalhadores, que acabaram conseguindo um aumento salarial acima da oferta inicial.


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