São Paulo, sábado, 17 de outubro de 2009

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Melhor com "reservas", Santos pega o Barueri

Técnico e jogadores veem equipe em evolução após a ausência de titulares

Nos três últimos confrontos, defesa esteve melhor e time desarmou mais, mas ataque tem média de gols inferior à das 26 partidas anteriores

GUSTAVO ALVES
DA REPORTAGEM LOCAL

Nos últimos três jogos do Santos, atletas machucados ou convocados para as seleções de base do Brasil fizeram com que o time fosse formado basicamente por reservas. O que poderia afundar o clube, no entanto, mostrou-se um alento para seu instável futebol.
Entre os jogadores e a comissão técnica, é consenso que o Santos melhorou nessas três partidas -derrota por 2 a 1 para o Palmeiras, na Vila Belmiro, vitória por 1 a 0 sobre o Sport, no Recife, e empate em 0 a 0 com o Vitória, no Pacaembu.
Na tabela do Nacional, a equipe caiu uma posição em relação à 26ª rodada. Mas a análise dos números comprova a evolução em vários fatores.
O primeiro deles é a posse de bola. Apesar de o aproveitamento de passes ser um pouco pior do que o dos antigos titulares, de acordo com o Datafolha (80,2% contra 82,1%), os "reservas" dividem mais a bola. Agora, o Santos tem dado 317 passes, em média, contra 291 nas 26 partidas anteriores.
O time controla mais a bola e mostra-se mais combativo. Elevou o número de desarmes para 133 (contra 118) e permite que o adversário chute duas vezes a menos do que fazia antes.
O resultado imediato foi a melhora na defesa santista.
A média de gols sofridos caiu de 1,58 para 1 por jogo. O novo setor defensivo, formado por Eli Sabiá e Astorga na zaga, auxiliados por Luizinho e Triguinho nas laterais, não permitiu que o goleiro Felipe levasse gols nos últimos dois duelos.
"O Vanderlei Luxemburgo fala que o time dele não pode tomar gols. E foi o que aconteceu nesses jogos", disse Astorga, que acredita que o elenco do Santos pode levar o clube ao G4. "Temos que pensar alto. Temos jogadores para isso."
A evolução no volume de jogo santista é respaldada também no número de finalizações. O "novo time" arrisca 15 vezes ao gol adversário. Antes, eram 12,8 tentativas por jogo, em média.
Um dos principais motivos para a melhora em campo não estar refletida na tabela é a pontaria dos atacantes. Esse é um dos únicos pontos em que a equipe piorou. Caiu de 43%, a melhor do Brasileiro, para apenas 25% nesses três jogos, que seria a pior do campeonato.
Eli Sabiá está satisfeito com o desempenho da zaga, mas reconhece que o setor ofensivo vai mal. "Os atacantes têm que trabalhar a parte das finalizações, para fazermos mais pontos."
Já sem avistar um lugar no G4, Luxemburgo afirma que a evolução veio tarde demais. "O problema foi o time ter entendido o que eu queria só há três jogos. Deveríamos ter feito mais pontos na Vila Belmiro."


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