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Melhor com "reservas", Santos pega o Barueri
Técnico e jogadores veem equipe em evolução após a ausência de titulares
Nos três últimos confrontos, defesa esteve melhor e time desarmou mais, mas ataque tem média de gols inferior à das 26 partidas anteriores
GUSTAVO ALVES
DA REPORTAGEM LOCAL
Nos últimos três jogos do
Santos, atletas machucados ou
convocados para as seleções de
base do Brasil fizeram com que
o time fosse formado basicamente por reservas. O que poderia afundar o clube, no entanto, mostrou-se um alento
para seu instável futebol.
Entre os jogadores e a comissão técnica, é consenso que o
Santos melhorou nessas três
partidas -derrota por 2 a 1 para
o Palmeiras, na Vila Belmiro,
vitória por 1 a 0 sobre o Sport,
no Recife, e empate em 0 a 0
com o Vitória, no Pacaembu.
Na tabela do Nacional, a
equipe caiu uma posição em relação à 26ª rodada. Mas a análise dos números comprova a
evolução em vários fatores.
O primeiro deles é a posse de
bola. Apesar de o aproveitamento de passes ser um pouco
pior do que o dos antigos titulares, de acordo com o Datafolha
(80,2% contra 82,1%), os "reservas" dividem mais a bola.
Agora, o Santos tem dado 317
passes, em média, contra 291
nas 26 partidas anteriores.
O time controla mais a bola e
mostra-se mais combativo.
Elevou o número de desarmes
para 133 (contra 118) e permite
que o adversário chute duas vezes a menos do que fazia antes.
O resultado imediato foi a
melhora na defesa santista.
A média de gols sofridos caiu
de 1,58 para 1 por jogo. O novo
setor defensivo, formado por
Eli Sabiá e Astorga na zaga, auxiliados por Luizinho e Triguinho nas laterais, não permitiu
que o goleiro Felipe levasse gols
nos últimos dois duelos.
"O Vanderlei Luxemburgo
fala que o time dele não pode
tomar gols. E foi o que aconteceu nesses jogos", disse Astorga, que acredita que o elenco do
Santos pode levar o clube ao
G4. "Temos que pensar alto.
Temos jogadores para isso."
A evolução no volume de jogo
santista é respaldada também
no número de finalizações. O
"novo time" arrisca 15 vezes ao
gol adversário. Antes, eram 12,8
tentativas por jogo, em média.
Um dos principais motivos
para a melhora em campo não
estar refletida na tabela é a
pontaria dos atacantes. Esse é
um dos únicos pontos em que a
equipe piorou. Caiu de 43%, a
melhor do Brasileiro, para apenas 25% nesses três jogos, que
seria a pior do campeonato.
Eli Sabiá está satisfeito com o
desempenho da zaga, mas reconhece que o setor ofensivo vai
mal. "Os atacantes têm que trabalhar a parte das finalizações,
para fazermos mais pontos."
Já sem avistar um lugar no
G4, Luxemburgo afirma que a
evolução veio tarde demais. "O
problema foi o time ter entendido o que eu queria só há três
jogos. Deveríamos ter feito
mais pontos na Vila Belmiro."
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