São Paulo, segunda-feira, 17 de outubro de 2011

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Cielo é ouro com tempo inesperado

NATAÇÃO Atleta faz sua melhor marca nos 100 m livre desde 2009

MARIANA LAJOLO
ENVIADA ESPECIAL A GUADALAJARA

Cesar Cielo, 24, deixou a piscina eufórico. Ele havia prometido um bom resultado no Pan de Guadalajara, mas o que viu no cronômetro surpreendeu até a ele próprio.
O nadador conquistou a medalha de ouro nos 100 m livre. Mais: cravou 47s84, sua melhor marca nesta prova desde o banimento dos supermaiôs, no final de 2009.
"Que prova! Mesmo com os dois ouros do Mundial [50 m livre e 50 m borboleta], o golpe que eu tomei tinha me deixado meio tonto", afirmou, referindo-se ao teste positivo em antidoping em março.
Após ganhar a prova, Cielo bateu no peito, jogou água para os lados e gritou muito.
A prata ficou com o cubano Hanser Garcia (48s34). O bronze foi para Shaune Fraser, das Ilhas Cayman (48s63).
"Sorte dos meus adversários que eu não estava assim lá [no Mundial]. Vim aqui para fazer meu melhor. E mostrar ao mundo que estou melhor do que estava em Xangai. Acho que dei meu recado", completou Cielo.
Acostumado a vencer nas principais competições desde que levou o ouro em Pequim-2008, Cielo vinha sofrendo nos 100 m livre.
No Mundial, terminou apenas na quarta colocação e questionou o quanto ainda estava conseguindo ser competitivo nesta distância.
Já no Pan Pacífico, principal evento de 2010, ele havia conquistado o bronze. "Eu poderia ter nadado melhor no Mundial. Agora posso ter metas mais ambiciosas para Londres nos 100 m livre", festejou o atleta.
"Minha primeira vez para 47s, na altitude [Guadalajara está 1.570 m acima do nível do mar] e sem ter treinamento, dá para sonhar mais alto para essa prova", afirmou.
Cielo é o atual recordista mundial dos 100 m (46s91) e 50 m livre (20s91). Na distância maior, foi também campeão mundial em Roma-2009 e ganhou a medalha de bronze em Pequim-2008.
Depois do Mundial, no meio do ano, o técnico de Cielo, Alberto Pinto, o Albertinho, havia dito que seu pupilo tinha metas ambiciosas para os 50 m livre na Olimpíada de Londres, em 2012.
Achava que era possível chegar ao recorde mundial, desta vez sem o auxílio dos maiôs tecnológicos. Agora pode ganhar nova meta.



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