|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TÊNIS
Os donos do ano (e o dono deles)
RÉGIS ANDAKU
COLUNISTA DA FOLHA
Gastón Gaudio não fez nada. "Apenas" ganhou Roland Garros. E só porque Guillermo Coria entregou a final. É justo
Gaudio ir ao Masters só porque
ganhou Roland Garros? A resposta: é justo um campeão de Roland
Garros ficar fora do Masters?
Mesmo campeão de Grand
Slam, a Gaudio falta o faro de
vencedor. Neste ano, perdeu quatro finais como favorito. Aproveite para ver Gaudio no Masters
neste ano, porque o Masters nunca mais verá Gaudio.
Tim Henman é outro que trata
de aproveitar Houston. Sempre
entre os primeiros do mundo,
acaba geralmente barrado da festa. Aos 30, segue na elite, mas sem
convencer de que é campeão. Neste ano, chegou às semifinais em
Roland Garros e no Aberto dos
EUA. Em Wimbledon, alcançou
pela oitava vez, em nove anos, as
quartas-de-final. Títulos? Zero.
Guillermo Coria viu a consagração escapar ao deixar Gaudio
arrancar-lhe o título em Roland
Garros. Talvez como castigo, sofreu uma contusão que o levou à
mesa de cirurgia em agosto. Em
Houston, ele ganhou nossa torcida por voltar do nada e frustrar o
dono do Masters, Jim McIngvale,
o americano doidão que queria
Andre Agassi de qualquer jeito lá.
Carlos Moyá é um tenista que,
aos poucos, vira referência. Pelo
terceiro ano seguido levou ao menos três títulos. Também pela terceira temporada acaba no top
ten, com mais de 55 vitórias. Festeiro, mas agora comedido, Moyá
não deve se importar com os jogos
em Houston. A cabeça está na final da Copa Davis, no fim do mês.
Marat Safin, sem as eternas
contusões, parece melhor da cabeça. A temporada com Peter
Lundgren lhe fez bem: três títulos
(dois em Masters Series), dois vices (um deles em Grand Slam),
duas semifinais (uma em outro
Masters Series), duas quartas
(outra em Masters Series).
Embalado, Safin é um dos favoritos em Houston. Mas, se não ganhar, tudo bem. No ano que vem,
terá outra chance no Masters.
Lleyton Hewitt teve o coração
partido. Viu seu noivado com
Kim Clijsters acabar. Foi o único
top ten a não cair em primeiras
rodadas neste ano. Ganhou quatro das seis finais que jogou. Fecha o ano com retrospecto vencedor no saibro, no cimento, na grama, na temporada indoor...
Agora solteiro (mas nem tanto)
e mais forte, Hewitt não é só favorito ao torneio dos melhores mas
também um dos favoritos neste
próximo ano.
Andy Roddick ganhou 71 jogos,
mais do que qualquer outro em
2004. Chegou a oito finais, levou
quatro títulos. Registrou o saque
mais veloz de todos os tempos.
Ganhou seus seis jogos e pôs os
EUA na final da Davis. Aos 22,
termina a quarta temporada seguida entre os 15 melhores do planeta. Joga em casa, em Houston.
E Roger Federer? Ganhou de
Hewitt na Austrália, em Hamburgo, em Wimbledon e no Aberto dos EUA, de Safin na Austrália
e em Dubai, de Henman em Indian Wells e em Nova York, de
Gaudio em Hamburgo e na estréia em Houston, de Moyá e Coria em Hamburgo, e de Roddick
em Wimbledon, em Toronto e em
Bancoc. Tá bom assim?
Na Califórnia
Maria Sharapova ganhou o título, dinheiro, visibilidade e (mais) fãs.
Para a Bolívia, pós-Argentina
A Copa Petrobras está nesta semana em Santa Cruz de la Sierra. No
domingo, o austríaco Oliver Marach venceu em Buenos Aires.
Em São Paulo
Daniel Leon, Yolanda Araujo (18 anos), Rafael Garcia, Nathalia Rossi
(16), Lucas Lopasso, Carolina de Luca (14), Thomas Takemoto e Nayara Moraes (12) ganharam a quinta etapa do Circuito Unimed.
Do litoral paulista para o Distrito Federal
Thiago Alves venceu o Future de Santos. Brasília é a sede da semana.
E-mail reandaku@uol.com.br
Texto Anterior: Basquete: Esteróide tira Wanderson de ação por 2 anos Próximo Texto: Futebol - Tostão: Boa e má desculpa Índice
|