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Gesto de chineses gera saia justa
JOGOS ASIÁTICOS
No pódio, agrado a patrocinador é entendido como provocação a japonês
Ng Han Guan/Associated Press
![](../images/s1711201001.jpg) |
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O japonês Hisashi Mizutori observa
gestos de ginastas chineses no pódio dos Jogos Asiáticos
DE SÃO PAULO
A intenção, segundo os ginastas, era só fazer uma brincadeira, um pouco de propaganda. Mas o gesto de dois
chineses no pódio criou saia
justa nos Jogos Asiáticos.
Teng Haibin, primeiro colocado na disputa do individual geral, e Lu Bo, o segundo, posaram para fotos com
as medalhas no peito e fazendo gestos com a mão como se
portassem revólveres. No terceiro degrau do pódio estava
o japonês Hisashi Mizutori.
O gesto gerou confusão
nos bastidores do evento,
que acontece em Guangzhou, na China. E foi interpretado por alguns como manifestação de hostilidade.
Tanto que os dois ginastas
correram para se explicar.
Primeiro, no pódio, após
olhar atônito de Mizutori.
Teng disse aos jornalistas
que, sabendo que poderia ser
mal interpretado, tratou de
conversar com o rival e explicar o motivo de seu gesto.
Depois, vieram as explicações públicas. Teng e Lu disseram que não estavam imitando armas e sim o logotipo
da empresa Li Ning, fornecedora de material esportivo
da delegação chinesa.
Queriam fazer propaganda da marca, que pertence ao
ex-ginasta Li Ning, campeão
olímpico que acendeu a pira
dos Jogos de Pequim-2008.
O episódio, porém, foi usado por meios de comunicação para relembrar tensões
diplomáticas entre China e
Japão nos últimos meses.
A crise começou em setembro após a Guarda Costeira
do Japão interceptar um barco pesqueiro chinês na região de ilhotas inabitadas
disputadas pelos dois países,
chamadas de Senkaku, no
Japão, e de Diaoyu, na China.
O problema ocorre justamente no auge das relações
comerciais entre os dois países. Em 2009, os chineses se
tornaram o principal parceiro comercial dos japoneses.
A polêmica envolvendo
seu gesto no topo do pódio
ofuscou o feito que Teng atingiu nos Jogos Asiáticos, espécie de Olimpíada entre os
países do continente.
RESSURGIMENTO
O chinês, campeão mundial em Anaheim-2003, chegou ao ouro em um evento de
grande porte após quase seis
anos no ostracismo.
O período de esquecimento ocorreu após Atenas-2004.
Campeão no cavalo com
alça, o chinês cometeu erros
na final por equipe, e seu
país não foi ao pódio.
Em Pequim-2008, seu nome não foi incluído da seleção. Em casa, os chineses
conquistaram a medalha de
ouro por equipes.
Com agências de notícias
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