São Paulo, segunda, 17 de novembro de 1997.



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TÊNIS
Norte-americano é eleito o melhor tenista dos últimos 25 anos, deixando Bjorn Borg e John McEnroe para trás
Sampras, melhor do mundo, ganha a Copa

das agências internacionais

Pouco antes de conquistar o seu quarto título da Copa do Mundo, derrotando o russo Yevgeny Kafelnikov por 6/3, 6/2 e 6/2, ontem, em Hannover (Alemanha), o norte-americano Pete Sampras, 26, foi eleito o melhor tenista do mundo nos últimos 25 anos.
Foram 799 votos, vindos de diretores de torneios da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais) e de meios de comunicação, contra 754 dados ao sueco Bjorn Borg e 722 para John McEnroe, dos EUA.
Entre o quarto e o décimo lugar na votação, aparecem Jimmy Connors, 45, e Ivan Lendl, 37, dos EUA, o alemão Boris Becker, 29, o sueco Stefan Edberg, 31, o australiano Rod Laver, 59, o também sueco Mats Wilander, 33, e o romeno Ilie Nastase, 51.
Com 52 títulos, sendo 10 deles de torneios do Grand Slam e 4 em Copas do Mundo, Sampras é apontado como o melhor tenista dos últimos tempos pois tem conseguido ficar no topo do ranking em uma época em que o esporte está mais competitivo.
"É muito bom saber que tenho o respeito das pessoas e que consigo atingir tudo o que me proponho. Estou me sentindo inacreditável até", disse Sampras.
É a quinta vez que ele encerra a temporada como o primeiro tenista do mundo, feito que divide apenas com Connors.
No bolso, entretanto, Sampras leva vantagem de já ter acumulado, ao longo de 9 anos de carreira profissional, US$ 31,24 milhões em premiações, enquanto Connors, em 14 anos nas quadras, somou US$ 8,64 milhões.
Pelo título da Copa do Mundo, ontem, conquistado em uma hora e 28 minutos, Sampras levou mais US$ 1,34 milhão.
Aula
A final de ontem, contra Kafelnikov, começou com tom de "quebra-quebra". Os dois tenistas tiveram dificuldade para manter o saque, a começar por Sampras, que teve seu serviço quebrado logo no primeiro game do jogo.
Ele devolveu a quebra e sofreu outras duas até o final do set. Foram cinco quebras no total, somadas as duas que o russo obteve.
Mais consistente na segunda série, Sampras abriu vantagem de 4 games a 1 e fechou o set em 26 minutos, com 6/2. Foi com o 16º ace que Sampras fechou o jogo no terceiro set, placar de 6/2 e bom humor do russo.
"No final, tudo o que eu queria era ir embora. As coisas só podiam piorar", afirmou Kafelnikov. "Tentei de tudo, mas o Pete estava bem demais hoje (ontem)", completou o russo, que termina o ano como o quinto do mundo.
Enquanto Kafelnikov vai descansar, desistindo assim da Copa do Mundo de duplas, Sampras se prepara para a decisão da Copa Davis, no fim do mês, na Suécia.



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