Com outra atuação destacada do brasileiro, clube italiano torna-se o primeiro a ostentar quatro conquistas mundiais

Título no Japão sobre o Boca Juniors sela o ano recheado de taças e prêmios do atleta, que deve hoje ser coroado o melhor de 2007 pela Fifa

Koji Sasahara/Associated Press

Kaká, eleito o melhor jogador em campo, comemora exibindo mensagem "Eu pertenço a Jesus'

RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

O Milan é o primeiro tetracampeão mundial de clubes.
Na primeira conquista do time italiano em uma disputa com chancela da Fifa, a primeira de uma equipe européia na nova versão do Mundial, Kaká foi a estrela maior, repetindo o que fizera nos outros títulos internacionais do Milan no ano.
""Ninguém no mundo venceu tanto quanto nós. Ninguém no mundo tem a nossa fome de vitória", estampa o site do Milan desde ontem, quando o clube fez um incontestável 4 a 2 no Boca Juniors, time argentino que ficou sem sua maior obsessão: o título de ""Rei de Copas".
Agora, são 18 troféus internacionais oficiais para o Milan e 17 para o time da Bombonera.
Não fosse Kaká, o rubro-negro de Milão não teria essa supremacia indiscutível no planeta. O ex-são-paulino, que um dia já foi chamado de ""pipoqueiro", brilhou na Copa dos Campeões, na Supercopa da Europa e no Mundial de Clubes. Na badalada Champions League, além de melhor atleta, até foi goleador (dez tentos), o que não é sua vocação maior.
Na Supercopa e no Mundial, também carregou um não tão estrelado Milan com assistências e gols. Antes mesmo da decisão de ontem, já havia garantido a ""Bola de Ouro", tradicional prêmio europeu dado ao melhor jogador do mundo. Hoje, a Fifa deverá reverenciá-lo.
Quando Kaká saiu do Brasil em 2003 para o Milan por US$ 8,25 milhões, Silvio Berlusconi, presidente do time, disse que comprara uma jóia brasileira por uma ""pechincha". Visionário da bola obcecado em fazer de seu clube o maior vencedor do planeta, acertou em cheio na avaliação e realizou seu desejo.


Texto Anterior: Painel FC
Próximo Texto: Frase
Índice