São Paulo, quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

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Messi, em só três toques, comanda baile do Barcelona

Craque argentino sai do banco de reservas para virar o confronto semifinal contra o Atlante no Mundial de Clubes

Virtual melhor do mundo, mesmo sem as melhores condições, brilha em Abu Dhabi e é a maior aposta do time espanhol para o título

Fadi Al-Assaad/Reuters
Messi supera três marcadores do mexicano Atlante

RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

Messi não deveria jogar a semifinal do Mundial de Clubes. Sem as melhores condições, ficou na reserva, esperando apenas seus companheiros de Barcelona cumprirem a obrigação de ganhar do mexicano Atlante. Mas as coisas estavam difíceis, e o craque argentino teve de entrar para garantir os 3 a 1 e o baile no Mundial de Clubes.
O virtual melhor jogador do mundo do ano apenas assistiu à incrível corrida de Rojas rumo ao gol do Barcelona logo aos 5min de jogo. Ele deu um chapéu longo em Valdés e teve força para chegar na bola e tocar para o gol. O Atlante não tinha o controle do jogo, mas ameaçou o campeão europeu mais de uma vez na primeira etapa.
Se o Barcelona conseguia, ao seu estilo, ter mais posse de bola (68% no total do jogo), sofria contra-ataques perigosos, ora com bola nas costas de Puyol, ora com bola nas costas de Rafa Márquez. No ataque, o ótimo Pedro tentava ajudar o excepcional Ibrahimovic, mas faltava Messi. Dessa forma, o Barcelona chegava perto do empate mais com jogadas de bola parada.
E o gol veio assim. Após escanteio, Yaya Touré desviou de cabeça, e Busquets tocou rasteiro para o gol de Federico Vilar, capitão do Atlante que fez um par de boas defesas no primeiro tempo, quando o jogo esteve quase todo o tempo equilibrado para a surpresa geral.
O 1 a 1 persistia no placar aos 8min do segundo tempo, quando Messi entrou no lugar de Yaya Touré. E o 1 a 1 foi para o espaço aos 10min, quando Messi deu três toques na bola. Ibrahimovic fez boa jogada e achou o argentino em boa posição. Foi dominar a bola, driblar o goleiro com uma ajeitada e finalizar com suavidade para o 2 a 1.
O jogo mudou muito. O placar se transformou em 3 a 1 quando Pedro completou boa jogada de Iniesta pela esquerda, mas poderia ter ficado bem maior. Troca de passes, lances de efeito, jogo ofensivo... O time espanhol conseguiu o que queria com Messi em campo.
"Ele queria jogar. Falamos com os fisioterapeutas, com os médicos e decidimos que, de acordo com a partida, ele entraria. E assim foi", disse o técnico do Barcelona, Josep Guardiola.
Mas quem melhor falou sobre Messi foi o treinador do Atlante, José Guadalupe Cruz.
"O Barcelona, sem Messi, segue como o melhor time do mundo, mas, com ele, adquire uma outra dimensão. Parece de outra galáxia", afirmou ele.
No jogo que foi apitado pelo brasileiro Carlos Eugênio Simon, o Barcelona acabou com 14 chutes a gol, contra seis do rival. O time catalão conseguiu nove escanteios, e o rival, um.
Se o Barcelona já era visto como o grande favorito para o título do torneio, depois da apresentação de ontem chegará ainda mais forte contra o Estudiantes para a final de sábado. Até porque Messi deverá jogar desde o início essa partida.
"O Atlante não foi um rival fácil, são os campeões da Concacaf, mas um tinha que ganhar, e fomos nós. O Estudiantes tem muitos pontos fortes. É o que procuro ver, os pontos fortes do rival. Temos que jogar muito bem para ganhar no sábado", falou Guardiola, que já amargou uma derrota em Mundial, em 1992, quando defendia o Barcelona e caiu diante do São Paulo de Telê Santana.


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