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AÇÃO
Armagedon
CARLOS SARLI
O apocalíptico título foi a melhor forma que um competidor
encontrou para descrever a situação no line-up de Pipeline
após sua bateria na terça-feira.
Decisiva etapa do circuito mundial de surfe, o Mountain Dew
Gerry Lopez Pipe Masters parece
estar fadado às variações de humor de Netuno. Previsto para ter
início na quinta, foi adiado devido a fúria do mar, que não poupou o palanque e a torre dos juízes. Reconstruídos, o campeonato teve início no domingo.
Em ondas de oito pés foram
realizadas as triagens e as cinco
primeiras baterias da primeira
fase, as quais definiram dez atletas que foram adiante. Diferentemente das outras provas do
Tour, no Pipe Masters o primeiro
round, com três competidores,
classifica dois. Entre os brasileiros, Peterson Rosa, oitavo no
ranking, passou em primeiro enquanto Armando Daltro bailou.
Surpreendentemente a segunda amanheceu com ondas pequenas, adiando do campeonato. Mas surpresa mesmo veio na
terça. Ondas de dez a quinze pés
quebrando transformaram o sonho de surfar Pipeline sem crowd
em pesadelo para os atletas.
Contrastando com os anos anteriores, com muitas notas dez
conquistadas em tubos cinematográficos, a maior soma foi
15,50 pontos, em 30 possíveis.
Houve quem se classificasse somando uma única onda (4,85).
Entre os candidatos ao título,
Kelly Slater foi o melhor. Responsável pela maior pontuação do
dia, ele foi pura determinação,
enquanto seus rivais sofreram
para passar em segundo. Líder
do ranking, Michael Campbell,
precisava de apenas 1,25 ponto
para virar o segundo posto, o que
só conseguiu no último momento
e por muito pouco (1,50 ponto).
Já Daniel Wills, em seu primeiro
ano em Pipeline, terminou atrás
do convidado Bruce Irons.
Restando três baterias da primeira fase, os brasileiros Peterson Rosa, Renan Rocha e Fábio
Gouveia vão ao próximo round.
Victor Ribas ainda irá competir.
A coisa lá está sensacional.
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