São Paulo, quinta, 17 de dezembro de 1998

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AÇÃO

Armagedon

CARLOS SARLI

O apocalíptico título foi a melhor forma que um competidor encontrou para descrever a situação no line-up de Pipeline após sua bateria na terça-feira. Decisiva etapa do circuito mundial de surfe, o Mountain Dew Gerry Lopez Pipe Masters parece estar fadado às variações de humor de Netuno. Previsto para ter início na quinta, foi adiado devido a fúria do mar, que não poupou o palanque e a torre dos juízes. Reconstruídos, o campeonato teve início no domingo.
Em ondas de oito pés foram realizadas as triagens e as cinco primeiras baterias da primeira fase, as quais definiram dez atletas que foram adiante. Diferentemente das outras provas do Tour, no Pipe Masters o primeiro round, com três competidores, classifica dois. Entre os brasileiros, Peterson Rosa, oitavo no ranking, passou em primeiro enquanto Armando Daltro bailou.
Surpreendentemente a segunda amanheceu com ondas pequenas, adiando do campeonato. Mas surpresa mesmo veio na terça. Ondas de dez a quinze pés quebrando transformaram o sonho de surfar Pipeline sem crowd em pesadelo para os atletas.
Contrastando com os anos anteriores, com muitas notas dez conquistadas em tubos cinematográficos, a maior soma foi 15,50 pontos, em 30 possíveis. Houve quem se classificasse somando uma única onda (4,85).
Entre os candidatos ao título, Kelly Slater foi o melhor. Responsável pela maior pontuação do dia, ele foi pura determinação, enquanto seus rivais sofreram para passar em segundo. Líder do ranking, Michael Campbell, precisava de apenas 1,25 ponto para virar o segundo posto, o que só conseguiu no último momento e por muito pouco (1,50 ponto). Já Daniel Wills, em seu primeiro ano em Pipeline, terminou atrás do convidado Bruce Irons.
Restando três baterias da primeira fase, os brasileiros Peterson Rosa, Renan Rocha e Fábio Gouveia vão ao próximo round. Victor Ribas ainda irá competir. A coisa lá está sensacional.




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