São Paulo, domingo, 18 de janeiro de 2009

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Dacar sul-americano tem mais abandonos do que na África

Total de veículos que saíram da prova, encerrada ontem, supera o da edição 2007

MARIANA BASTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Antes do início do Rali Dacar-2009, o brasileiro Paulo Pichini, que terminou em 65º na categoria carros ao lado de Lourival Roldan, já alertava: "Minha grande preocupação é que a organização tente fazer algo pior para não correr o risco de dizerem que na América Latina é mais fácil que na África".
Soou como premonição. A edição sul-americana do rali, que se encerrou ontem, mostrou-se tão ou mais perigosa do que a versão africana.
No total, 229 veículos (96 motos, 12 quadriciclos, 97 carros e 24 caminhões) pararam no meio do percurso. Esse número representa quase 46% dos inscritos. Na última edição, realizada em 2007, na África, o percentual foi de 40%.
"Não é uma corrida. É uma destruição intencionada dos veículos", queixou-se o tcheco Marek Spacil, da categoria caminhões, após ter ampliado a lista de abandonos na 12ª etapa.
"Dos 21 ralis de que participei, este está entre os três mais difíceis", disse o experiente brasileiro André Azevedo, que levou seu caminhão ao sexto lugar geral, ao lado de Maykel Justo e Mira Martinec.
No esforço para manter um número razoável de competidores na disputa, os organizadores encurtaram algumas etapas e chegaram a cancelar a 11ª. No total, houve uma redução de 850 km dos 5.591 km de especiais (percurso cronometrado) inicialmente previstos.
"Acho que a organização tentou dificultar demais esta edição e acabou não podendo cumprir os planos. Por isso, resolveu encurtar algumas etapas e modificar o percurso", disse José Hélio, que ficou em 12º na classificação final das motos.
Nesta categoria, Marc Coma (ESP) sagrou-se campeão. Entre os caminhões, o trio vencedor foi formado pelos russos Firdaus Kabirov, Aydar Belyaev e Andrey Mokeev. A dupla Giniel De Villiers (AFS) e Dirk Von Zitzewitz (ALE) levou o título dos carros, e Josef Machacek (TCH), dos quadriciclos.


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