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Dacar sul-americano tem mais abandonos do que na África
Total de veículos que saíram da prova, encerrada ontem, supera o da edição 2007
MARIANA BASTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Antes do início do Rali Dacar-2009, o brasileiro Paulo Pichini, que terminou em 65º na
categoria carros ao lado de
Lourival Roldan, já alertava:
"Minha grande preocupação é
que a organização tente fazer
algo pior para não correr o risco
de dizerem que na América Latina é mais fácil que na África".
Soou como premonição. A
edição sul-americana do rali,
que se encerrou ontem, mostrou-se tão ou mais perigosa do
que a versão africana.
No total, 229 veículos (96
motos, 12 quadriciclos, 97 carros e 24 caminhões) pararam
no meio do percurso. Esse número representa quase 46%
dos inscritos. Na última edição,
realizada em 2007, na África, o
percentual foi de 40%.
"Não é uma corrida. É uma
destruição intencionada dos
veículos", queixou-se o tcheco
Marek Spacil, da categoria caminhões, após ter ampliado a
lista de abandonos na 12ª etapa.
"Dos 21 ralis de que participei, este está entre os três mais
difíceis", disse o experiente
brasileiro André Azevedo, que
levou seu caminhão ao sexto lugar geral, ao lado de Maykel
Justo e Mira Martinec.
No esforço para manter um
número razoável de competidores na disputa, os organizadores encurtaram algumas etapas e chegaram a cancelar a 11ª.
No total, houve uma redução de
850 km dos 5.591 km de especiais (percurso cronometrado)
inicialmente previstos.
"Acho que a organização tentou dificultar demais esta edição e acabou não podendo
cumprir os planos. Por isso, resolveu encurtar algumas etapas
e modificar o percurso", disse
José Hélio, que ficou em 12º na
classificação final das motos.
Nesta categoria, Marc Coma
(ESP) sagrou-se campeão. Entre os caminhões, o trio vencedor foi formado pelos russos
Firdaus Kabirov, Aydar Belyaev e Andrey Mokeev. A dupla
Giniel De Villiers (AFS) e Dirk
Von Zitzewitz (ALE) levou o título dos carros, e Josef Machacek (TCH), dos quadriciclos.
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