São Paulo, domingo, 18 de fevereiro de 2001

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Curitiba prepara plebiscito para decidir destino de organizadas

RONALDO SOARES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

A Prefeitura de Curitiba pretende realizar um plebiscito para que a população decida se as torcidas organizadas devem ou não continuar existindo no Paraná.
A idéia surgiu depois dos incidentes no clássico do último domingo entre Coritiba e Atlético-PR, que terminou com uma pessoa esfaqueada, 36 ônibus danificados, uma estação-tubo destruída (coberturas transparentes em pontos de ônibus), 35 pessoas presas e depredação do estádio Couto Pereira.
Segundo a URBS (Urbanização de Curitiba S.A.), autarquia que gerencia o transporte coletivo, o município teve um prejuízo de cerca de R$ 50 mil em função dos incidentes no domingo.
A proposta de consulta popular para decidir o futuro das organizadas será apresentada hoje, em reunião entre representantes da Secretaria Estadual de Segurança Pública, do Ministério Público, da FPF (Federação Paranaense de Futebol) e dos clubes.
Segundo o secretário municipal de Governo, Benone Manfrin, o plebiscito seria uma forma de "discutir democraticamente" o problema. "A atitude (de acabar com as organizadas) deve ser de consenso, e não imposta", afirmou Manfrin.
O plebiscito faz parte de um pacote de medidas, que começará a ser discutido hoje, para acabar com a violência nos estádios.
A FPF, por exemplo, defenderá a proibição da venda de bebidas alcoólicas nos estádios e em bares próximos.
Já a URBS vai sugerir que seja proibido o uso de camisa de clubes em dias de jogos.
Se forem levados em conta os estragos feitos por torcedores desde 1999, as perdas chegam a R$ 300 mil -desde então, 590 ônibus foram depredados em confrontos de torcidas.


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