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Curitiba prepara plebiscito para
decidir destino de organizadas
RONALDO SOARES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
A Prefeitura de Curitiba pretende realizar um plebiscito para que
a população decida se as torcidas
organizadas devem ou não continuar existindo no Paraná.
A idéia surgiu depois dos incidentes no clássico do último domingo entre Coritiba e Atlético-PR, que terminou com uma pessoa esfaqueada, 36 ônibus danificados, uma estação-tubo destruída (coberturas transparentes em
pontos de ônibus), 35 pessoas
presas e depredação do estádio
Couto Pereira.
Segundo a URBS (Urbanização
de Curitiba S.A.), autarquia que
gerencia o transporte coletivo, o
município teve um prejuízo de
cerca de R$ 50 mil em função dos
incidentes no domingo.
A proposta de consulta popular
para decidir o futuro das organizadas será apresentada hoje, em
reunião entre representantes da
Secretaria Estadual de Segurança
Pública, do Ministério Público, da
FPF (Federação Paranaense de
Futebol) e dos clubes.
Segundo o secretário municipal
de Governo, Benone Manfrin, o
plebiscito seria uma forma de
"discutir democraticamente" o
problema. "A atitude (de acabar
com as organizadas) deve ser de
consenso, e não imposta", afirmou Manfrin.
O plebiscito faz parte de um pacote de medidas, que começará a
ser discutido hoje, para acabar
com a violência nos estádios.
A FPF, por exemplo, defenderá
a proibição da venda de bebidas
alcoólicas nos estádios e em bares
próximos.
Já a URBS vai sugerir que seja
proibido o uso de camisa de clubes em dias de jogos.
Se forem levados em conta os
estragos feitos por torcedores desde 1999, as perdas chegam a R$
300 mil -desde então, 590 ônibus foram depredados em confrontos de torcidas.
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