São Paulo, sexta-feira, 18 de fevereiro de 2005

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NATAÇÃO

Governo de MG angaria parceiros e investe R$ 1,3 mi

Após desbancar Rio, BH começa a abrigar final da Copa do Mundo

LUÍS FERRARI
DA REPORTAGEM LOCAL

Quando entrarem na piscina para decidirem a Copa do Mundo de piscina curta (25 m) a partir da tarde de hoje, os atletas escreverão o nome de Belo Horizonte no mapa da natação mundial.
Uma manobra política no período pré-Pan-07, quando o Rio tornou-se o maior foco brasileiro de competições internacionais, fez a capital mineira tirar a final da Copa do Mundo de natação da capital fluminense pela primeira vez desde que o Brasil passou a receber etapas do evento, em 1998.
A mudança da sede da etapa brasileira da Copa do Mundo começou a ser costurada no ano passado. "Por um problema político, relacionado ao cenário eleitoral, a Prefeitura do Rio não tinha condição de realizar a competição. O governador Aécio Neves bancou o evento em Minas, e agora queremos mantê-lo aqui", diz o presidente do Minas Tênis Clube, Kouros Monadjemi.
Para ele, a atuação do ex-nadador do clube Rogério Romero, hoje subsecretário estadual de esportes, foi fundamental na escolha de Belo Horizonte. "A idéia de receber a competição já existia e começou a sair do papel numa conversa informal que tive com o Coaracy [Nunes Filho, presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos], com o Carlos Arthur Nuzman [presidente do COB] e com o governador Aécio Neves", conta Romero.
Veterano de cinco Olimpíadas, ele acredita que a concentração de eventos esportivos no Rio não é benéfica para os atletas brasileiros. "Quem ganhou o direito de receber o Pan-07 não foi só a cidade do Rio de Janeiro, mas o Brasil. O país tem que mostrar, como um todo, que é capaz de organizar eventos internacionais."
Outro grande entusiasta da mudança de sede é Coaracy, que vive no Rio há 60 anos. "O público de Belo Horizonte será dez vezes maior que o do Rio de Janeiro."
Para a final da Copa do Mundo, o governo mineiro e seus parceiros investiram R$ 1,3 milhão. Além de uma divisória, para transformar a piscina olímpica em uma de 25 m, foram construídas três arquibancadas.
Segundo Monadjemi, os 8.000 ingressos oferecidos em troca de alimentos se esgotaram, anteontem, em menos de cinco horas.
Agora, quem quiser ver ao vivo os donos de oito medalhas de ouro em Atenas terá que apelar para a televisão. Em meio a atletas de 20 países diferentes, os maiores destaques são a americana Kaitlin Sandeno, dona de quatro títulos olímpicos, e o sul-africano Ryk Neetlhing, ouro no revezamento 4x100 m livre em Atenas.


NA TV - Sportv, ao vivo, a partir das 17h30


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