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NATAÇÃO
Governo de MG angaria parceiros e investe R$ 1,3 mi
Após desbancar Rio, BH começa a abrigar final da Copa do Mundo
LUÍS FERRARI
DA REPORTAGEM LOCAL
Quando entrarem na piscina
para decidirem a Copa do Mundo
de piscina curta (25 m) a partir da
tarde de hoje, os atletas escreverão o nome de Belo Horizonte no
mapa da natação mundial.
Uma manobra política no período pré-Pan-07, quando o Rio
tornou-se o maior foco brasileiro
de competições internacionais,
fez a capital mineira tirar a final da
Copa do Mundo de natação da capital fluminense pela primeira vez
desde que o Brasil passou a receber etapas do evento, em 1998.
A mudança da sede da etapa
brasileira da Copa do Mundo começou a ser costurada no ano
passado. "Por um problema político, relacionado ao cenário eleitoral, a Prefeitura do Rio não tinha condição de realizar a competição. O governador Aécio Neves bancou o evento em Minas, e
agora queremos mantê-lo aqui",
diz o presidente do Minas Tênis
Clube, Kouros Monadjemi.
Para ele, a atuação do ex-nadador do clube Rogério Romero,
hoje subsecretário estadual de esportes, foi fundamental na escolha de Belo Horizonte. "A idéia de
receber a competição já existia e
começou a sair do papel numa
conversa informal que tive com o
Coaracy [Nunes Filho, presidente
da Confederação Brasileira de
Desportos Aquáticos], com o Carlos Arthur Nuzman [presidente
do COB] e com o governador Aécio Neves", conta Romero.
Veterano de cinco Olimpíadas,
ele acredita que a concentração de
eventos esportivos no Rio não é
benéfica para os atletas brasileiros. "Quem ganhou o direito de
receber o Pan-07 não foi só a cidade do Rio de Janeiro, mas o Brasil.
O país tem que mostrar, como um
todo, que é capaz de organizar
eventos internacionais."
Outro grande entusiasta da mudança de sede é Coaracy, que vive
no Rio há 60 anos. "O público de
Belo Horizonte será dez vezes
maior que o do Rio de Janeiro."
Para a final da Copa do Mundo,
o governo mineiro e seus parceiros investiram R$ 1,3 milhão.
Além de uma divisória, para
transformar a piscina olímpica
em uma de 25 m, foram construídas três arquibancadas.
Segundo Monadjemi, os 8.000
ingressos oferecidos em troca de
alimentos se esgotaram, anteontem, em menos de cinco horas.
Agora, quem quiser ver ao vivo
os donos de oito medalhas de ouro em Atenas terá que apelar para
a televisão. Em meio a atletas de
20 países diferentes, os maiores
destaques são a americana Kaitlin
Sandeno, dona de quatro títulos
olímpicos, e o sul-africano Ryk
Neetlhing, ouro no revezamento
4x100 m livre em Atenas.
NA TV - Sportv, ao vivo, a
partir das 17h30
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