São Paulo, quarta, 18 de fevereiro de 1998 |
Próximo Texto | Índice FUTEBOL Segundo treinador da seleção, Ricardo Teixeira, presidente da CBF, extinguiu o cargo há mais de três anos Zagallo se irrita sobre possível auxiliar
da Sucursal do Rio Ao chegar ontem ao Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, vindo dos EUA, o técnico da seleção brasileira, Mario Jorge Lobo Zagallo, demonstrou irritação com a insistência dos repórteres que queriam saber se aceitaria trabalhar com um auxiliar-técnico. "É uma pergunta que não me cabe responder", disse. ""Se vocês querem resposta, só perguntando ao doutor Ricardo Teixeira (presidente da CBF)." A cada pergunta sobre o tema, ele repetia um diálogo que teria tido com Teixeira. Segundo o técnico, ao receber o convite para comandar a seleção, há mais de três anos, ele perguntou a Teixeira "quem seria o Zagallo do Zagallo". Na Copa de 94, Zagallo foi auxiliar-técnico de Carlos Alberto Parreira. Zagallo disse que o presidente da CBF lhe respondeu na ocasião que o cargo estaria extinto, pois não haveria profissional experiente como ele para assumir o posto. "Se existir de fato um problema, ele (Ricardo Teixeira) conversará comigo", disse. Mudança de opinião Apesar de o Brasil ter ficado em terceiro lugar na Copa Ouro, Zagallo afirmou que seus objetivos haviam sido alcançados, pois sanara "algumas dúvidas". Anteontem, Zagallo dissera que suas metas não haviam sido alcançadas. Hoje, Ricardo Teixeira e o supervisor da seleção, Américo Faria, devem se reunir para avaliar a participação do Brasil no torneio. Segundo Zagallo, a equipe titular já está definida, havendo "duas dúvidas no máximo". O técnico afirmou que só fez a "convocação antecipada" de Romário porque queria lhe dar apoio, já que ele assumiu a responsabilidade de ter perdido gols. "É evidente que o objetivo era ganhar", disse Zagallo. Apesar disso, o técnico afirmou que foi "ótimo ter acontecido agora" um resultado negativo, para "apagar um pouco a euforia". Zagallo criticou quem diz que a seleção já ganhou a Copa. "Tem que parar de falar isso", afirmou. Segundo ele, o Brasil tem time para ganhar o Mundial, "mas os obstáculos vão ser difíceis". Para ele, o domínio da seleção sobre seus adversários "foi total", mas o time perdeu "gols demais". Como não pôde contar com todos os seus titulares, Zagallo afirmou que "a seleção principal não foi arranhada". Segundo o técnico, seu trabalho vai "recomeçar agora", pois voltará a poder contar com a seleção principal nos próximos amistosos, contra Alemanha e Argentina. Próximo Texto | Índice |
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