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São Paulo, terça-feira, 18 de março de 2003

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Defensores dobram número de gols feitos em relação ao Brasileiro, mas somam nove jogos seguidos em que são vazados, no mínimo, uma vez

Defesa do Corinthians é melhor para fazer gols

Moacyr Lopes Júnior - 10.mar.03/Folha Imagem
O zagueiro Fábio Luciano, que, ao lado de Rogério e Anderson, compõe a defesa 'artilheira' do Corinthians na temporada de 2003


RICARDO PERRONE
DA REPORTAGEM LOCAL

No Corinthians de Geninho os defensores jogam com mais facilidade no ataque do que na zaga. Nos últimos oito jogos, pelo menos um jogador da defesa corintiana balançou a rede adversária.
Porém, atrás, a eficiência não tem sido a mesma. Há nove partidas a equipe não deixa o gramado sem levar pelo menos um gol.
Foi assim anteontem, na vitória por 3 a 2 sobre o São Paulo, que deu ao time o direito de jogar por um empate no sábado, independentemente da disputa nos bastidores para ter a vantagem em caso de igualdade no saldo de gols nas finais do Estadual.
Dos três gols, um foi do lateral Rogério, de pênalti, e outro do zagueiro Fábio Luciano, de cabeça. "Prefiro mais ser eficiente na marcação, ter uma atuação de zagueiro, do que marcar gols", afirmou Fábio Luciano.
Capitão do time, ele já marcou três vezes em 2003 -anteontem, estava impedido ao fazer o gol.
Rogério, com cinco gols nesta temporada, é o principal artilheiro entre os defensores corintianos. Anderson, o outro zagueiro titular, fez dois gols. Kléber é o único defensor que não marcou.
Dos 30 gols feitos pelo Corinthians em 2003, dez (33%) foram marcados por jogadores da defesa, que eram bem menos eficientes no ataque em 2002.
Sob o comando de Carlos Alberto Parreira, no último Campeonato Brasileiro, o setor defensivo, com a mesma formação que a atual, foi responsável por apenas oito dos 50 gols (16%).
Em 2003, a última vez que nenhum defensor fez gols foi na derrota por 3 a 0 para o São Caetano, no dia 8 de fevereiro.
Faz mais tempo ainda que a zaga não termina uma partida sem ser vazada. Isso ocorreu pela última vez na vitória sobre o Cruz Azul, por 1 a 0, pela Libertadores, três dias antes da derrota para o clube do ABC paulista.
Mas a defesa de Geninho é menos vazada do que a comandada por Parreira no Nacional-02, quando a média foi de 1,48 gol sofrido por jogo. Atualmente, a média é de 1,23 gol por partida.


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