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Oliveira é assediado e invejado
MARÍLIA RUIZ
DA REPORTAGEM LOCAL
Oswaldo de Oliveira arrumou
outro rival no São Paulo. Wanderley Luxemburgo, técnico do
Cruzeiro, disse que pretende dirigir o time do Morumbi, cuja diretoria condiciona a permanência
de Oliveira à conquista de títulos.
Luxemburgo, que conquistou
anteontem o Mineiro, em entrevista à rádio Jovem Pan, não titubeou ao ser questionado sobre a
vontade de treinar o São Paulo.
"Quero dirigir o São Paulo. Um
dia, não sei quando. É um sonho",
disse, um dia depois do time de
seu ex-auxiliar perder a primeira
partida da final do Paulista.
A declaração não foi bem recebida por Oliveira, que passou o
dia de ontem no Rio, onde recebeu uma "boa notícia".
Radamés Lattari, vice do Flamengo, que demitiu Evaristo de
Macedo depois da derrota para o
Fluminense no último sábado,
afirmou que Oliveira está entre os
três técnicos por ele pretendidos
-além de Tite, do Grêmio, e de
Nelsinho Baptista, do Goiás.
"O Oswaldo é um técnico excepcional, mas, por princípio, não
vamos tentar uma aproximação
antes da final do Paulista. O mesmo vale para o Tite, que é difícil
por causa da Libertadores, e para
o Nelsinho, que está na final do
Goiano", afirmou o dirigente.
A cúpula são-paulina menosprezou a declaração de Luxemburgo e o interesse do Flamengo.
Sobre a vontade flamenguista
de contar com Oliveira, o diretor
de futebol Carlos Augusto Barros
e Silva disse que é um "lisonjeio"
ter o técnico assediado por rivais.
O são-paulino ainda respondeu
a Luxemburgo com ironia. "Ele
declarou amor explícito ao São
Paulo, mas o namoro é só dele. O
São Paulo é comprometido com o
Oswaldo. Não haverá adultério."
Barros e Silva não quis responder se mandaria Oliveira embora
em caso de nova derrota para o
Corinthians. Mas brincou dizendo um ditado grafado em um imã
que comprou em Natal (RN).
"Não vou pensar em uma coisa
dessas [derrota].... Falando em
adultério, uma vez comprei um
imã que dizia: "Adultério, antes à
tarde do que nunca'", disse ele.
Já o presidente do Cruzeiro, Alvimar Perrella, tirou a história a
limpo. Telefonou para Luxemburgo cobrando o cumprimento
do seu contrato até dezembro.
"Disse para ele: perdemos o
Marco Aurélio às vésperas do
Brasileiro de 2000 e o Felipão, no
de 2001. Lembrei que contratamos quem ele pediu e tudo mais.
Aí ele me assegurou que ficaria",
contou o presidente cruzeirense.
Para deixar o Cruzeiro, Luxemburgo, que não respondeu ao pedido de entrevista encaminhado a seu assessor, precisará quebrar tal
acordo verbal e ainda pagar pela rescisão -50% do que ele tem a
receber até dezembro.
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