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São Paulo, terça-feira, 18 de março de 2003

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Oliveira é assediado e invejado

MARÍLIA RUIZ
DA REPORTAGEM LOCAL

Oswaldo de Oliveira arrumou outro rival no São Paulo. Wanderley Luxemburgo, técnico do Cruzeiro, disse que pretende dirigir o time do Morumbi, cuja diretoria condiciona a permanência de Oliveira à conquista de títulos.
Luxemburgo, que conquistou anteontem o Mineiro, em entrevista à rádio Jovem Pan, não titubeou ao ser questionado sobre a vontade de treinar o São Paulo.
"Quero dirigir o São Paulo. Um dia, não sei quando. É um sonho", disse, um dia depois do time de seu ex-auxiliar perder a primeira partida da final do Paulista.
A declaração não foi bem recebida por Oliveira, que passou o dia de ontem no Rio, onde recebeu uma "boa notícia".
Radamés Lattari, vice do Flamengo, que demitiu Evaristo de Macedo depois da derrota para o Fluminense no último sábado, afirmou que Oliveira está entre os três técnicos por ele pretendidos -além de Tite, do Grêmio, e de Nelsinho Baptista, do Goiás.
"O Oswaldo é um técnico excepcional, mas, por princípio, não vamos tentar uma aproximação antes da final do Paulista. O mesmo vale para o Tite, que é difícil por causa da Libertadores, e para o Nelsinho, que está na final do Goiano", afirmou o dirigente.
A cúpula são-paulina menosprezou a declaração de Luxemburgo e o interesse do Flamengo.
Sobre a vontade flamenguista de contar com Oliveira, o diretor de futebol Carlos Augusto Barros e Silva disse que é um "lisonjeio" ter o técnico assediado por rivais.
O são-paulino ainda respondeu a Luxemburgo com ironia. "Ele declarou amor explícito ao São Paulo, mas o namoro é só dele. O São Paulo é comprometido com o Oswaldo. Não haverá adultério."
Barros e Silva não quis responder se mandaria Oliveira embora em caso de nova derrota para o Corinthians. Mas brincou dizendo um ditado grafado em um imã que comprou em Natal (RN).
"Não vou pensar em uma coisa dessas [derrota].... Falando em adultério, uma vez comprei um imã que dizia: "Adultério, antes à tarde do que nunca'", disse ele.
Já o presidente do Cruzeiro, Alvimar Perrella, tirou a história a limpo. Telefonou para Luxemburgo cobrando o cumprimento do seu contrato até dezembro.
"Disse para ele: perdemos o Marco Aurélio às vésperas do Brasileiro de 2000 e o Felipão, no de 2001. Lembrei que contratamos quem ele pediu e tudo mais. Aí ele me assegurou que ficaria", contou o presidente cruzeirense.
Para deixar o Cruzeiro, Luxemburgo, que não respondeu ao pedido de entrevista encaminhado a seu assessor, precisará quebrar tal acordo verbal e ainda pagar pela rescisão -50% do que ele tem a receber até dezembro.


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