MARÍLIA RUIZ
DA REPORTAGEM LOCAL

Ontem, na véspera de sua cirurgia, o atacante Luizão descartou o "prêmio" oferecido pelo Corinthians, que seria a renovação do contrato do atleta, que deverá ficar nove meses longe do futebol.
Foi a primeira entrevista do jogador desde a partida contra a Lusa, no último dia oito, quando o atleta rompeu os ligamentos cruzados anteriores e lesionou o menisco do joelho direito.
Hoje pela manhã ele será submetido a uma operação, que será comandada pelo médico do clube, Joaquim Grava, assistida por um médico do Borussia Dortmund -clube que ofereceu US$ 15 milhões pelo atleta-, e realizada no hospital São Luiz.
"Eu gosto daqui, mas tenho que pensar na minha família. Se eles [Corinthians" pagarem a mesma coisa que o Borussia me ofereceu, eu fico. Agradeço pela iniciativa deles, que disseram que renovariam comigo depois da contusão. Ainda não sei sobre o meu futuro, mas é obrigação do clube arcar com as minhas despesas. Sou jogador do Corinthians", disse Luizão, em resposta direta ao vice-presidente de futebol do clube, Antonio Roque Citadini.
Na semana passada, o dirigente descartou a possibilidade de o jogador receber um ressarcimento da seguradora pelo tempo que ficará fora dos campos.
Em troca, Citadini disse que o Corinthians renovaria o contrato de Luizão e arcaria com todas as suas despesas de recuperação.
Mas as bases salariais propostas pelo time do Parque São Jorge não agradaram o jogador: o clube quer manter o salário do jogador no mesmo valor, R$ 120 mil.
"Não vou prorrogar meu contrato. Estou valorizado, apesar da contusão. A negociação com o Borussia não terminou. Eles têm até sexta-feira para depositar a primeira parcela do acordo", disse Luizão, que criticou a escalação na partida contra a Lusa.
"Eu joguei porque sou profissional e tenho contrato com o Corinthians, que se arriscou. O clube pode perder milhões. Mas não me arrependo de ter jogado, também queria jogar no Pacaembu, perto da torcida", disse o atacante.


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