São Paulo, sexta-feira, 18 de abril de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Mano cobra Corinthians, que exige melhor futebol

Técnico diz que time "estagnou", está perto de "limite técnico" e pede reforços

Diretorias de marketing e finanças, por sua vez, dizem que equipe precisa atuar bem em campo para que o clube melhore seu caixa

EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL

O técnico do Corinthians, Mano Menezes, pede reforços à diretoria do clube, que, por sua vez, cobra o futebol para melhorar suas finanças.
Após a derrota para o Goiás, anteontem, por 3 a 1, pelas oitavas-de-final da Copa do Brasil, o treinador afirmou que a equipe alvinegra está "estagnada".
"Nós temos de ter a consciência interna de que o tempo está passando e temos de encontrar nossas soluções para ficarmos melhor a cada dia. A equipe deu uma estagnada na sua evolução. Ela veio até um determinado momento porque, talvez, esteja próxima de seu limite técnico", afirmou.
Na última terça-feira, o vice de futebol Mário Gobbi foi cobrado por outros cartolas. Luis Paulo Rosenberg, vice de marketing, afirmou que, para o clube gerar receitas, o futebol precisa estar bem. "Tudo depende de você", disse ele a Gobbi.
O homem forte do futebol respondeu que reforçará o time com quatro jogadores. Três nomes estão cotados: o atacante Thiago Ribeiro, do Al Rayyan, do Qatar, Eduardo Ramos, do Anápolis, e Elias, da Ponte Preta, além de um lateral-direito.
"Nós precisamos de gol. Gol chama torcedor, gol chama patrocinadores e chama dinheiro", disse o vice de finanças do clube, Raul Corrêa da Silva.
No balanço financeiro, publicado na semana passada, o Corinthians informou um aumento de sua dívida. O valor, em fevereiro, aponta déficit de R$ 102 milhões, contra R$ 100 milhões no final do ano passado.
Corrêa da Silva explicou que o aumento se deve a pagamento de juros. Ele projeta, ao final do ano, um déficit de R$ 4,182 milhões. "Nesse pouco tempo, o endividamento aumentou pouco. E o Corinthians contratou muitos jogadores", disse ele.
O dirigente prevê que, a partir deste mês, o clube começará a se equilibrar financeiramente. Mas isso, claro, depende também das receitas extras que podem ser geradas pelas ações de marketing. Após a queda no Paulista, por exemplo, houve redução de quase 50% na venda de camisas do clube, segundo relato de conselheiros em reunião do Cori (Conselho de Orientação) na última terça.
Com a crise financeira, alguns cartolas defendem que o clube precisa analisar muito bem os reforços que pretende trazer. Justificam, para isso, contratações que consideram equivocadas, como a dos volantes Bóvio e Perdigão, do meia Marcel e do atacante Herrera.
Mano criticou anteontem os erros individuais. "Têm nos prejudicado muito", afirmou.


Texto Anterior: Bastidores: Chefe sai em defesa de diretor
Próximo Texto: Vasco: Justiça condena Eurico Miranda por obstruir CPI
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.