São Paulo, sexta-feira, 18 de abril de 2008

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Improvisado, Betão se diz seguro e recebe elogios

Leão destaca a performance do zagueiro como lateral na virada sobre o Cúcuta

Atacado pela torcida ao chegar ao clube, ex-jogador corintiano se firma e ganha apoio até atuando fora de sua posição original

MAURÍCIO EIRÓS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM SANTOS

Ao chegar ao Santos, o zagueiro Betão foi atacado por torcedores. A má fase do time era acompanhada por falhas do jogador e pichações da torcida pedindo sua saída. Foi o técnico Emerson Leão, que o levou ao clube, que o segurou na equipe.
Os erros do zagueiro reduziram-se, e a pressão de torcedores sobre ele sumiu. Sua redenção foi confirmada com uma atuação eficiente improvisado na lateral direita contra o Cúcuta, no 2 a 1 que classificou o time aos mata-matas da Libertadores. Mais uma vez, foi Leão quem o exaltou.
"Gostei do Betão como lateral-direito, como auxiliar, ali não teve para ninguém. Foi à frente, cruzou bolas, motivou o grupo e foi bem", afirmou.
O ex-corintiano, que costuma admitir sua culpa quando erra, também estava satisfeito. "Achei que fiz uma partida segura, até porque ainda não tinha jogado pela direita."
Tanto o técnico quando o zagueiro ressaltaram o fato de a vitória ter sido obtida diante de vários obstáculos. O time perdia, enquanto seu rival na disputa, o Chivas, vencia, e a vaga nas oitavas-de-final escapava pelas mãos santistas. "Essa vitória é boa porque até na adversidade os atletas vêem que é possível [alcançar objetivos]. Foi a vitória da união e do companheirismo", comentou Leão.
"Nós merecemos a classificação porque jogamos sempre abertos, tentando a vitória. O momento mais difícil foi quando sofremos o gol e soubemos que na Bolívia o Chivas estava vencendo", completou Betão.
Para Mariano Trípodi, autor do gol da virada e mais um que se redimiu de mau início, a dificuldade aconteceu porque o Cúcuta se fechou com duas linhas de quatro marcadores.
Nesse cenário de redenção coletiva, Leão se manteve seguro em relação à sua permanência no Santos, que quase foi interrompida durante a temporada e ainda é questionada. "Eu não preciso ser aceito. Minha função é trabalhar", disse. "Ninguém vai me tirar da fotografia lá na frente [da Vila Belmiro] com a faixa de campeão."


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