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Improvisado, Betão se diz seguro e recebe elogios
Leão destaca a performance do zagueiro como lateral na virada sobre o Cúcuta
Atacado pela torcida ao chegar ao clube, ex-jogador
corintiano se firma e ganha apoio até atuando fora
de sua posição original
MAURÍCIO EIRÓS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM SANTOS
Ao chegar ao Santos, o zagueiro Betão foi atacado por
torcedores. A má fase do time
era acompanhada por falhas do
jogador e pichações da torcida
pedindo sua saída. Foi o técnico
Emerson Leão, que o levou ao
clube, que o segurou na equipe.
Os erros do zagueiro reduziram-se, e a pressão de torcedores sobre ele sumiu. Sua redenção foi confirmada com uma
atuação eficiente improvisado
na lateral direita contra o Cúcuta, no 2 a 1 que classificou o
time aos mata-matas da Libertadores. Mais uma vez, foi Leão
quem o exaltou.
"Gostei do Betão como lateral-direito, como auxiliar, ali
não teve para ninguém. Foi à
frente, cruzou bolas, motivou o
grupo e foi bem", afirmou.
O ex-corintiano, que costuma admitir sua culpa quando
erra, também estava satisfeito.
"Achei que fiz uma partida segura, até porque ainda não tinha jogado pela direita."
Tanto o técnico quando o zagueiro ressaltaram o fato de a
vitória ter sido obtida diante de
vários obstáculos. O time perdia, enquanto seu rival na disputa, o Chivas, vencia, e a vaga
nas oitavas-de-final escapava
pelas mãos santistas. "Essa vitória é boa porque até na adversidade os atletas vêem que é
possível [alcançar objetivos].
Foi a vitória da união e do companheirismo", comentou Leão.
"Nós merecemos a classificação porque jogamos sempre
abertos, tentando a vitória. O
momento mais difícil foi quando sofremos o gol e soubemos
que na Bolívia o Chivas estava
vencendo", completou Betão.
Para Mariano Trípodi, autor
do gol da virada e mais um que
se redimiu de mau início, a dificuldade aconteceu porque o
Cúcuta se fechou com duas linhas de quatro marcadores.
Nesse cenário de redenção
coletiva, Leão se manteve seguro em relação à sua permanência no Santos, que quase foi interrompida durante a temporada e ainda é questionada. "Eu
não preciso ser aceito. Minha
função é trabalhar", disse.
"Ninguém vai me tirar da fotografia lá na frente [da Vila Belmiro] com a faixa de campeão."
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