Jogador depõe na esfera esportiva e diz que não teve intenção de ofender

Se acabar denunciado por procurador do TJD, volante corintiano só será julgado depois do primeiro duelo da decisão do Estadual

PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

O volante Cristian esteve ontem no TJD (Tribunal de Justiça Desportiva) paulista e, em seu depoimento, pediu desculpas pelo gesto obsceno que fez ao comemorar o gol da vitória do Corinthians sobre o São Paulo, no domingo passado.
No encontro entre o jogador e o procurador do TJD Antonio Carlos Meccia, que durou pouco menos de meia hora, na sede do tribunal, dentro do prédio da Federação Paulista de Futebol, Cristian relatou não ter tido a intenção de provocar a torcida do São Paulo ao correr na direção da arquibancadas onde estavam os visitantes com os braços cruzados e os dois dedos médios levantados.
"Ele reiterou ao Meccia que não teve nenhuma intenção que não fosse a de comemorar", disse o advogado do Corinthians para a Justiça Desportiva, João Zanforlim. "O Cristian falou assim: "Se com aquele ato ofendi alguém, peço desculpas".", relatou Zanforlim.
O árbitro da partida, Sálvio Spínola Fagundes Filho, também esteve presente ao depoimento. Ele relatou que não incluiu nada sobre a atitude de Cristian e nem o puniu com cartão amarelo por não ter visto o jogador fazer gesto.
Depois de ouvir Cristian, que deixou o prédio da FPF sem dar entrevistas, Meccia afirmou que agora decidirá se fará ou não a denúncia ao TJD.
O camisa 6 corintiano, no entanto, tem participação assegurada na partida de amanhã contra o São Paulo e, caso não seja expulso no clássico, poderá atuar até no primeiro jogo da final do Paulista, se sua equipe obtiver a vaga na decisão.
Se for denunciado, Cristian não será julgado antes do dia 27. Isso porque os julgamentos do TJD paulista ocorrem apenas às segundas-feiras e, por conta da emenda com o feriado de Tiradentes, não terá sessão depois de amanhã, dia 20.
Zanforlim disse já ter entregue ao tribunal uma prévia da defesa de Cristian. Nela, indicou que vários outros atletas, como os palmeirenses Marcos e Keirrison e o vascaíno Rodrigo Pimpão, já fizeram o mesmo gesto e não levaram punições.


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