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Goleiro volta a ser decisivo no Santos
Fábio Costa se recupera de início ruim após retomar a forma física e reencontrar preparador de goleiros que o lançou
Destaque nos momentos críticos do time, arqueiro ajuda o Santos a diminuir pela metade sua média de gols sofridos no Paulista-09
CAROLINA ARAÚJO
ENVIADA ESPECIAL A SANTOS
A matemática é simples: se
não sofrer gols do Palmeiras
hoje, no Parque Antarctica, às
18h10, o Santos avançará para a
final do Campeonato Paulista.
E a equipe litorânea tem um
trunfo para que isso ocorra: a
boa fase do goleiro Fábio Costa.
Decisivo na vitória por 2 a 1
contra o Palmeiras, no último
sábado, na Vila Belmiro, o camisa 1 voltou a se destacar após
um início de ano desastroso.
Fábio Costa iniciou o ano em
baixa. Chegou da pré-temporada visivelmente fora de forma
e, nas primeiras partidas do Estadual, tomou frangos contra
Guaratinguetá e Palmeiras.
Também foi um dos pivôs da
demissão do então técnico
Marcio Fernandes, ao brigar
com o zagueiro Fabiano Eller
no vestiário após a derrota para
o Marília, em 12 de fevereiro.
Depois da desavença, o goleiro foi suspenso pelo clube e
desfalcou a equipe ante o Guarani. Na época, espalhou-se a
notícia de que o Santos buscava
no mercado um novo camisa 1.
Mas a maré ruim mudou com
a chegada do preparador de goleiros Eduardo Bahia, o mesmo
que lançou Fábio Costa entre
os profissionais do Vitória, na
década de 90. E, mais de dez
anos depois, a parceria voltou a
ser bem-sucedida.
Cinco quilos mais magro, o
titular da meta santista garantiu a vitória da equipe em dois
jogos críticos para o Santos no
Estadual: o 1 a 0 contra a Portuguesa e o 2 a 1 no Palmeiras.
Os números também comprovam a evolução. Segundo o
Datafolha, a média de defesas
feitas pelo goleiro aumentou de
2,1 nas sete primeiras rodadas
-antes da chegada de seu novo
treinador- para 3,7 defesas por
partida nos 12 últimos jogos.
A média de gols sofridos pelo
Santos também caiu pela metade ao longo do Estadual. Se nos
sete primeiros jogos era de 1,2
gol por jogo, nos 12 últimos
duelos foi de 0,66 por partida.
"Nada acontece sem trabalho. E mesmo o nosso momento ruim foi resultado de um trabalho que talvez não fosse tão
bom", declarou o goleiro sobre
sua evolução no Estadual.
O camisa 1 também minimiza a questão da forma física para justificar sua melhora. E relembrou o Brasileiro-2002,
quando, após sofrer uma lesão
no tornozelo, voltou ao time
com sete quilos a mais e ajudou
a tirar o Santos do jejum de 18
anos sem títulos expressivos.
"É normal voltar das férias
acima do peso. Às vezes, a qualidade técnica supera a parte física. Muita gente esquece que
jogador não é máquina, que
tem problemas emocionais e
que, por isso, não joga bem."
Mas as dificuldades, garante,
estão superadas. E, além da boa
performance embaixo do gol,
Fábio Costa também tem desempenhado com mais frequência sua função de capitão
do time. Nas últimas rodadas,
as cenas do goleiro vibrando
após uma defesa ou gritando
com os colegas para corrigir o
posicionamento do time voltaram a ser comuns.
"Tenho que chamar a responsabilidade porque, no jogo,
não dá tempo de esperar por
uma instrução do treinador",
declarou o capitão.
A obrigação de não tomar
gols, porém, é dividida com toda a equipe. "Isso não depende
só de mim. A marcação tem que
começar lá na frente", disse.
Na linha, o Santos já sabia
que Rodrigo Souto, suspenso,
seria desfalque hoje. Mas, no
treino de quinta, o volante sofreu uma lesão na coxa direita
e, segundo o médico santista
Carlos Braga, desfalcará o time
por até 30 dias. Germano será o
substituto contra o Palmeiras.
NA TV - Palmeiras x Santos
Sportv, ao vivo, às 18h10
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