São Paulo, sábado, 18 de abril de 2009

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Goleiro volta a ser decisivo no Santos

Fábio Costa se recupera de início ruim após retomar a forma física e reencontrar preparador de goleiros que o lançou

Destaque nos momentos críticos do time, arqueiro ajuda o Santos a diminuir pela metade sua média de gols sofridos no Paulista-09

CAROLINA ARAÚJO
ENVIADA ESPECIAL A SANTOS

A matemática é simples: se não sofrer gols do Palmeiras hoje, no Parque Antarctica, às 18h10, o Santos avançará para a final do Campeonato Paulista.
E a equipe litorânea tem um trunfo para que isso ocorra: a boa fase do goleiro Fábio Costa. Decisivo na vitória por 2 a 1 contra o Palmeiras, no último sábado, na Vila Belmiro, o camisa 1 voltou a se destacar após um início de ano desastroso.
Fábio Costa iniciou o ano em baixa. Chegou da pré-temporada visivelmente fora de forma e, nas primeiras partidas do Estadual, tomou frangos contra Guaratinguetá e Palmeiras.
Também foi um dos pivôs da demissão do então técnico Marcio Fernandes, ao brigar com o zagueiro Fabiano Eller no vestiário após a derrota para o Marília, em 12 de fevereiro.
Depois da desavença, o goleiro foi suspenso pelo clube e desfalcou a equipe ante o Guarani. Na época, espalhou-se a notícia de que o Santos buscava no mercado um novo camisa 1.
Mas a maré ruim mudou com a chegada do preparador de goleiros Eduardo Bahia, o mesmo que lançou Fábio Costa entre os profissionais do Vitória, na década de 90. E, mais de dez anos depois, a parceria voltou a ser bem-sucedida.
Cinco quilos mais magro, o titular da meta santista garantiu a vitória da equipe em dois jogos críticos para o Santos no Estadual: o 1 a 0 contra a Portuguesa e o 2 a 1 no Palmeiras.
Os números também comprovam a evolução. Segundo o Datafolha, a média de defesas feitas pelo goleiro aumentou de 2,1 nas sete primeiras rodadas -antes da chegada de seu novo treinador- para 3,7 defesas por partida nos 12 últimos jogos.
A média de gols sofridos pelo Santos também caiu pela metade ao longo do Estadual. Se nos sete primeiros jogos era de 1,2 gol por jogo, nos 12 últimos duelos foi de 0,66 por partida.
"Nada acontece sem trabalho. E mesmo o nosso momento ruim foi resultado de um trabalho que talvez não fosse tão bom", declarou o goleiro sobre sua evolução no Estadual.
O camisa 1 também minimiza a questão da forma física para justificar sua melhora. E relembrou o Brasileiro-2002, quando, após sofrer uma lesão no tornozelo, voltou ao time com sete quilos a mais e ajudou a tirar o Santos do jejum de 18 anos sem títulos expressivos.
"É normal voltar das férias acima do peso. Às vezes, a qualidade técnica supera a parte física. Muita gente esquece que jogador não é máquina, que tem problemas emocionais e que, por isso, não joga bem."
Mas as dificuldades, garante, estão superadas. E, além da boa performance embaixo do gol, Fábio Costa também tem desempenhado com mais frequência sua função de capitão do time. Nas últimas rodadas, as cenas do goleiro vibrando após uma defesa ou gritando com os colegas para corrigir o posicionamento do time voltaram a ser comuns.
"Tenho que chamar a responsabilidade porque, no jogo, não dá tempo de esperar por uma instrução do treinador", declarou o capitão.
A obrigação de não tomar gols, porém, é dividida com toda a equipe. "Isso não depende só de mim. A marcação tem que começar lá na frente", disse.
Na linha, o Santos já sabia que Rodrigo Souto, suspenso, seria desfalque hoje. Mas, no treino de quinta, o volante sofreu uma lesão na coxa direita e, segundo o médico santista Carlos Braga, desfalcará o time por até 30 dias. Germano será o substituto contra o Palmeiras.

NA TV - Palmeiras x Santos Sportv, ao vivo, às 18h10



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