da Reportagem Local

A seleção brasileira sub-20 enfrenta hoje um clássico sul-americano nas quartas-de-final do Mundial, disputado na Nigéria.
Os uruguaios prometem um jogo duro contra o Brasil, que vem de uma goleada por 4 a 0 sobre a Croácia na última quarta.
""Contra os croatas, o Brasil jogou com muita comodidade. Conosco, será diferente, porque sabemos brigar cada lance", disse o técnico do rival de hoje, Víctor Púa.
Por sua vez, os uruguaios sofreram para eliminar o Paraguai, empatando em 2 a 2 no tempo normal e superando em 10 a 9 nos pênaltis.
""Será uma final com o Brasil, como foi frente ao Paraguai. Não podemos dar nenhuma vantagem para os brasileiros", sentencia Púa.
Por enquanto, as desvantagens estão mesmo com a delegação brasileira. O time só pôde fazer um treino em Lagos, cidade da partida. Isso porque o time só conseguiu vôo que atravessasse os 760 quilômetros entre Calabar (local do último jogo) e Lagos na sexta-feira.
Por seu lado, os uruguaios já estão bem instalados: hospedados no Sheraton, com direito a sauna, massagem e comida italiana.
Mas eles sofreram no começo da semana, quando se mudaram para a capital da Nigéria. O vôo atrasou duas horas, e acabaram rejeitando o hotel em que se instalariam, chamado Eko. Os jogadores passaram horas no hall do hotel.
O Brasil deve repetir a formação que enfrentou a Croácia, enquanto o Uruguai terá como novidade a volta do meia Diego Pérez, que estava suspenso. O Uruguai, porém, não terá Pouso e Macaluso, que foram expulsos contra o Paraguai.
O time que sair vencedor enfrenta nas semifinais o ganhador do confronto na cidade de Ibadan entre México e Japão, as duas surpresas da competição. Eles eliminaram, respectivamente, a atual bicampeã mundial Argentina e Portugal, também duas vezes ganhador do título (1989 e 1991).
Nem a delegação brasileira nem a uruguaia vão mandar observadores para ver esse jogo, porque, para isso, é necessária uma permissão oficial da organização do Mundial para fazer a viagem. Os interessados têm ainda de pagar a gasolina do carro ou do ônibus.
Os selecionados do Uruguai e do Brasil só jogaram uma vez em Mundiais sub-20. Isso aconteceu na primeira edição do torneio, em 1977, disputado na Tunísia.
O Brasil, de Baltazar, goleou por 4 a 0 a equipe cisplatina que tinha Mario Saralegui e Hugo De León.
Mas no Sul-Americano de 1999, essas seleções se enfrentaram duas vezes, resultando em dois empates (0x0 e 2x2). O Uruguai acabou como vice-campeão, atrás da vencedora Argentina, enquanto o Brasil foi o terceiro colocado.
Tamanha igualdade pode resultar hoje em uma disputa de pênaltis, forma de desempate caso não haja ""morte súbita".
No quesito, os uruguaios já têm um ídolo: o goleiro Fabián Carini, que fez um gol e defendeu outro na disputa com os paraguaios. Com isso, ele se tornou o maior exemplos dos "botijitas de Púa" (botija, no Uruguai, quer dizer garoto).

NA TV - Bandeirantes, ao vivo, às 12h


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