Muricy põe misto contra Atlético-PR, que só perdeu uma vez em casa para rival de hoje no Nacional

Até o goleiro Rogério será poupado do confronto em Curitiba visando o duelo de quarta contra o Fluminense pelas quartas da Libertadores

MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Entre um jogo e outro pelas quartas-de-final da Libertadores, a segunda rodada do Brasileiro. No lugar onde o São Paulo menos se sente em casa. Por dois motivos, uma partida que os tricolores não vêem o menor problema em esvaziar.
O jogo de hoje é contra o adversário que o time menos venceu como visitante. O Atlético-PR recebeu 15 jogos contra a equipe do Morumbi e só perdeu um, tendo vencido oito.
Mas o que mais dói na Arena da Baixada é justamente o jogo que nem sequer pôde ser jogado. Por força do regulamento da Conmebol, que exigia mínimo de 35 mil lugares, a final de 2005 da Libertadores não pôde ser jogada em Curitiba. Levada para Porto Alegre, a primeira partida terminou empatada em 1 a 1. No segundo jogo, o São Paulo foi campeão com 4 a 0.
A recepção pouco calorosa da torcida atleticana já motivou o São Paulo a evitar mandar seus titulares no último jogo do Brasileiro-2007, quando o título já estava garantido. O resultado foi o triunfo do Atlético-PR por 3 a 1. Na era dos pontos corridos, fórmula adotada desde 2003, o São Paulo ainda não venceu na Arena da Baixada.
Hoje, a justificativa para mandar reservas é outra. É preciso poupar os titulares para a batalha da próxima quarta-feira, em que o time depende apenas de um empate no Maracanã para superar o Fluminense e seguir na Taça Libertadores.
"Não é a situação ideal para lançar os garotos. Mas, depois de um jogo da Libertadores, não adiantaria colocar o time titular em campo, por causa do desgaste. Chegou a hora dos garotos", afirma Muricy Ramalho, que poupará até o atacante Aloísio, que atuou poucos minutos na vitória de 1 a 0 sobre o Fluminense, na quarta.
A mescla promete ser violenta, já que nem o goleiro Rogério irá a campo hoje. De garotos revelados na base, a escalação sempre misteriosa de Muricy promete o zagueiro Aislan, o lateral-esquerdo Alex Cazumba e o volante Wellington.
Serão reforçados por alguns dos que disputam vaga de titular, mas não atuaram contra o Fluminense na quarta, pela Libertadores, casos do lateral Éder, do meia Éder Luis e do atacante Borges. Estes dois últimos deverão compor o ataque do time são-paulino, e Sérgio Mota pode assumir a armação.
E terão diante de si um time disposto a atacar. Ameaçado de perder o atacante Pedro Oldoni para o Valencia, o técnico Ney Franco espera poder extrair do jogador o máximo que puder.
Segundo o treinador, a meta é conquistar nove pontos nas três primeiras rodadas -o primeiro passo foi dado fora de casa, na semana passada, com vitória sobre o frágil Ipatinga. Sem o zagueiro Rhodolfo, que acusou dores musculares, o esquema deverá ter o meia Kaio e passar do 3-5-2 ao 4-4-2.