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Pelé quase foi cortado por se atrasar
DA REPORTAGEM LOCAL
Dentre as várias histórias
contadas por Paulo Machado
de Carvalho Filho, uma em
especial poderia ter mudado
o curso do Mundial de 1958 e
do próprio futebol brasileiro.
Segundo ele, o Marechal
da Vitória perdoou Pelé após
o jogador, então com 17 anos,
ter se atrasado num retorno
à concentração, já na Suécia.
""O que o velho fez? Chamou os jogadores de liderança, Nilton Santos, Didi e Zito,
e contou a situação. Pediram
que ele esperasse o Pelé",
contou o empresário.
A razão para o atraso de
Pelé seria uma garota. ""Passou uma meia hora e chegou
o Pelé. Ele estava com uma
sueca. Ele disse que não tinha terminado o serviço, digamos assim. Então disseram para ele terminar e que voltasse mais tarde", disse
Paulo Machado Filho.
Ele ressalta que a estratégia de seu pai de contornar
uma situação consultando
subordinados era comum.
O Paulo pai havia sido decisivo na aposta em Pelé,
mesmo contundido no início, para a Copa.
""Contra muita gente, foi
ele que levou o Pelé para a
Copa. Tanto que tenho bilhete do Pelé [veja ao lado] o
chamando de pai. Naquele
momento, ele estava despontando não só para a seleção brasileira mas para ser o
melhor do mundo. Ele era indispensável", afirma.
O ex-jogador tem sido procurado pela Folha, mas, segundo assessores, não achou
um espaço na agenda para
atender a reportagem.
(RBU)
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