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FUTEBOL
Comissão abre sindicância para apurar suspeita de que juiz teria forjado prova de conclusão do 2º grau
Falsificação na arbitragem é investigada
SERGIO TORRES
da Sucursal do Rio
A Comissão de Árbitros da CBF
(Confederação Brasileira de Futebol) abriu sindicância para investigar a suspeita de que um dos árbitros escalados para o Campeonato
Brasileiro apresentou diploma falso de conclusão de 2º grau.
O presidente da comissão, o
ex-árbitro Armando Marques, designou o também ex-árbitro Edson
Rezende de Oliveira, que é policial
federal em Pernambuco, para conduzir as investigações.
Segundo Marques, a sindicância
será concluída até o fim do mês.
A CBF exige dos árbitros a apresentação do certificado de conclusão do 2º grau.
O árbitro suspeito de apresentar
o documento falso foi afastado
temporariamente das escalas do
Brasileiro.
Marques, no entanto, não quis
revelar o nome dele.
"Só vou dizer caso fique comprovada a falsificação do documento", afirmou. Marques afastou ainda 15 árbitros, que teriam
apresentado falhas nas primeiras
rodadas da competição.
Em nota divulgada na noite de
anteontem, o presidente da Comissão de Árbitros da CBF relaciona quatro razões para consumar os
afastamentos.
Na avaliação dos observadores
da comissão, os árbitros não puniram o jogo violento e admitiram
reclamações.
A nota fala que os afastados permitiram as faltas por trás, sem punir os infratores com advertência
ou expulsão.
Segundo a nota, os árbitros teriam admitido a invasão da área no
momento da cobrança de pênaltis.
O terceiro motivo foi a permanência de treinadores ao lado do
campo durante todo o jogo, sem
que o árbitro da partida tomasse
providências.
A nota relaciona ainda como
motivo de punição o fato de os árbitros aceitarem "protestos acintosos por parte de jogadores e treinadores".
"Eles estão afastados das próximas escalas. É uma coisa temporária. Foram pecados pequenos. O
balanço das arbitragens é razoável
até agora", afirmou Marques.
Escola
O presidente da comissão disse
que está preparando um relatório
para apresentar à CBF. Ele defenderá a criação de uma escola nacional de árbitros.
"A escola seria fundamental. Os
árbitros não estão aplicando tudo
o que está escrito no papel. Hoje,
não há um critério único de arbitragem", disse.
A nova comissão da CBF foi criada em maio, depois que estourou o
escândalo das arbitragens.
Ivens Mendes, que presidia a antiga comissão, foi banido do futebol sob a suspeita de integrar um
esquema de manipulação de resultados de jogos.
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